15 de dezembro | 2008

Saúde local trata quase 70% mais portadores de AIDS que em 2005

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Uma comparação entre os números de 2008, informados na semana passada, pela coordenação do Programa Municipal de DST (Doenças Sexualmente Transmissíveis) AIDS, que na tradução significa Sindrome da Imuno Deficiência Adquirida (SIDA) e os dados levantados pela reportagem desta Folha, relativos ao ano de 2005, atualmente, a Secretaria Municipal de Saúde de Olímpia está tratando quase 70% mais pacientes que em meados de 2005.

De acordo com a coordenadora, Maria Aparecida Cristofalo Pessoa, atualmente há 102 pacientes em tratamento regular. Em 2005, segundo ela informou a esta Folha, eram 61. Porém, isso não representa que haja na cidade e microrregião muito mais casos de portadores de HIV, mesmo somando aqueles em que ainda não houve manifestação da doença.

Naquela ocasião havia 93 casos de pessoas portadoras do vírus, porém em apenas 61 havia a manifestação da doença. Estas recebiam a medicação da Secretaria para controle da AIDS. Do total de atendidos, 55 eram moradores da cidade de Olímpia e outros seis das cidades da comarca. Até então, desde o início do controle em 1992, já chegava a 114 o total de pessoas atingidas pelo vírus HIV.

A informação atual veio a público no dia 1.º, quando marcava o Dia Mundial de Combate à AIDS. Pessoa comentou em entrevista que concedeu às emissoras de rádio da cidade, que a campanha deste ano estava direcionada a pessoas com 50 anos de idade ou mais.

"Porque hoje em dia a característica da AIDS está entre os idosos. Não é mais prioridade dos jovens, porque os idosos não aceitam preservativos e estão contraindo", justificou.

Embora atenda 102 pacientes com medicação, sabe que esse número não representa a realidade da doença na cidade de Olímpia, até porque há muitos que procuram outras localidades para evitar a visibilidade.

"Eles não gostam que as pessoas fiquem sabendo deles e procuram Catanduva, Barretos, São José do Rio Preto. Então não se pode dizer que só tenha 102 casos em Olímpia", definiu.

Por isso, o total de casos, segundo ela estima, pode ser bem maior. A procura maior por atendimento na Secretaria local, conforme explicou, é de pessoas de baixa renda. Mas avisa que Olímpia trata de casos também das outras cidades da comarca. A maior parte do sexo masculino com idade da maioria entre 39 e 49 anos, segundo a coordenadora, "heterossexuais com parceiros fixos".

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