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Segunda morte oficial por dengue em Olímpia com possível terceira vítima aguardando confirmação.

A Secretaria Estadual de Saúde de Olímpia confirmou na sexta-feira, 3, a segunda morte por dengue em Olímpia em 2024. A Saúde Municipal, em seu último boletim, ainda não havia publicado a informação. No entanto, um caso adicional, que está sob investigação, pode elevar esse número para três. Este último caso envolve uma mulher de 39 anos que apresentou sintomas graves de dengue hemorrágica, mas cuja doença não foi prontamente diagnosticada.

Segundo a Saúde estadual, a vítima, uma idosa, cuja identidade não foi divulgada, faleceu após complicações relacionadas à doença no dia 9 de março, mas o resultado do exame do Instituto Adolfo Lutz só saiu 55 dias após, marcando oficialmente o segundo caso fatal em menos de cinco meses.

Com 1.823 casos de dengue confirmados, Olímpia já tinha uma morte registrada de um homem de 59 anos, no dia 13 de fevereiro deste ano. Neste caso, o resultado dos exames de laboratório saíram mais rápido, no dia 21 de fevereiro.

A Prefeitura de Olímpia não se pronunciou sobre a segunda morte causada pela doença, porque alega que ainda não ter sido comunicada oficialmente da confirmação pelo órgão estadual.

Além dos dois casos confirmados de morte por dengue este ano, Olímpia pode estar enfrentando uma terceira fatalidade relacionada à doença. Recentemente, uma tragédia pessoal foi relatada por André Luiz Monteiro, que perdeu sua esposa, Fabiana Barros, aos 39 anos. Ela faleceu após complicações de dengue hemorrágica, que não foram diagnosticadas nem tratadas adequadamente pelo sistema de saúde local até ser muito tarde.

A situação de Fabiana se agravou rapidamente, apresentando sintomas severos como sangramentos, que são característicos da forma mais grave da dengue. André relatou múltiplas tentativas frustradas de obter um diagnóstico correto e o tratamento necessário, apontando falhas significativas no atendimento e na capacidade de resposta das unidades de saúde da cidade.

Este caso ainda está sendo investigado e aguarda confirmação como uma morte causada por dengue, mas já aumentou as preocupações sobre a eficácia das medidas de saúde pública em Olímpia, especialmente durante períodos de surto.

Desde janeiro de 2024, a Estância Turística de Olímpia enfrenta um surto de dengue, segundo o último dado divulgado pela prefeitura, são 1.770 casos confirmados até abril, quase alcançando o total dos últimos quatro anos combinados. Este número alarmante foi divulgado no mais recente Boletim Epidemiológico da Secretaria Municipal de Saúde, emitido em 29 de abril.

Em comparação com os registros anteriores, o ano de 2022 foi o que mais se aproximou do atual, com 1.684 casos confirmados em doze meses. O boletim detalha que, até agora, o ano corrente já superou em muito os casos de 2023, que totalizaram apenas 384, e os números são ainda mais expressivos quando comparados aos 83 casos de 2021 e aos 54 de 2020.

Além dos casos confirmados, Olímpia também lidou com um volume substancial de notificações da doença. Em 2024, foram registradas 4.910 notificações, com 2.036 casos sendo descartados e 1.104 ainda aguardando resultados. Esta quantidade de notificações é quase o dobro do número reportado em 2022, que foi de 3.370.

A situação da dengue contrasta com a da Covid-19 no município. O último boletim sobre a Covid-19, emitido em 16 de abril, mostra um cenário mais controlado. Desde o início da pandemia, Olímpia confirmou 18.042 casos de Covid-19, com 17.697 pessoas curadas e 341 óbitos. Atualmente, não há pacientes internados por Covid-19 no município.

Os boletins da Covid-19 são agora emitidos a cada 15 dias, refletindo uma diminuição na urgência da monitoração da doença. Desde 28 de março, foram registrados 21 novos casos positivos e 150 resultados negativos, com 81 pacientes se recuperando da infecção.