25 de novembro | 2012
Padre diz que problemas da Sta. Casa começaram com “expulsão” das irmãs
Os problemas financeiros da Santa Casa de Olímpia teriam começado em fevereiro de 2004, quando as irmãs franciscanas deixaram o hospital, provavelmente por ingerência da diretoria. A afirmação foi feita no início da tarde desta sexta-feira, dia 23, pelo monsenhor Antônio Santscliments Torras (foto), durante o Programa Novos Rumos, que é levado ao ar diariamente através da Rádio Menina AM.
Ocorre que no programa Cidade Aberta, que antecede o que é dirigido pelo monsenhor, o enfoque era dado para a necessidade da realização de campanhas de arrecadação de dinheiro para ajudar na administração do hospital.
Por isso, ele iniciou comentando as dificuldades que encontrou para chegar a Olímpia comparando com as encontradas pelos fundadores da cidade.
Disse que mesmo assim estes construíram a cidade e muitas coisas nela, praças, capela – depois Igreja Matriz de São João Batista, uma sociedade ordeira e organizada, até chegar a vez da própria Santa Casa.
“Eles fundaram a Santa Casa e a Santa Casa funcionava bem. E funcionou bem até, não faz muitos anos, que um se apoderou da Santa Casa e mandou as irmãs embora”, afirmou.
Torras comparou o que ocorre com a Santa Casa com o que se passa com a natureza também já desfigurada pelo homem. E afirmou que os homens estragam e depois não conseguem recuperar para que fique como era antes.
TRABALHO E CARIDADE
Como se recorda, em fevereiro de 2004, início do quarto ano do primeiro mandado do ex-prefeito Luiz Fernando Carneiro, e depois de 65 anos prestando serviços nos hospitais da cidade, o fragmento da Congregação das Irmãs Franciscanas da Imaculada Conceição acabou deixando a cidade de Olímpia, onde chegaram exatamente no dia 26 de abril de 1939.
De acordo com a informação passada na ocasião pela Irmã Jamile Abrahão Addad, elas não tinham mais a possibilidade de atingir os objetivos que as trouxeram para cá, já que não havia a mesma vocação para o trabalho hospitalar nas Irmãs mais novas.
A Irmã Jamile contou que a idade não permitia mais que continuassem trabalhando, embora tivesse afirmado que na Congregação não existe o que normalmente é denominado nos meios civis, de aposentadoria das integrantes. No entanto, deixava evidente as dificuldades que tinha para dar continuidade em razão de suas idades.
De acordo com Jamile Abrahão, as primeiras Irmãs que aqui chegaram foram: Irmã Lídia Kaziener, Irmã Dominica Gruber e Irmã Angelina do Valle: “Foram muito bem acolhidas pela direção da Santa Casa, médicos, autoridades civis e o povo em geral, que estava aguardando com muita ansiedade”.
No início, segundo ela, as Irmãs foram contratadas para a administração da Santa Casa, enfermagem e outros serviços internos e foram instaladas na própria edificação do hospital, em compartimentos muito pobres e simples.
Mas aos poucos foram chegando outras irmãs: Renata Maurícia, Leopoldina, Carmela, Perpétua, Zita, Laura, Hermínia, Josefa, todas austríacas, e Tereza, Neusa, Eduarda, Margarida, Josefina e Suzana.
As Irmãs da Santa Casa, conforme ficaram conhecidas popularmente na cidade, sempre procuraram dar o melhor de si, na simplicidade, pobreza e doação pessoal em favor dos doentes atendidos no hospital.
Comentários
Os comentários não representam a opinião do iFolha; a responsabilidade é do autor da mensagem.
Você deve se logar no site para enviar um comentário. Clique aqui e faça o login!
Ainda não tem nenhum comentário para esse post. Seja o primeiro a comentar!