21 de abril | 2013

Tonani e Jair se apresentaram voluntariamente na quinta-feira

Compartilhe:

Acompanhados de seus advogados, Humberto Tonani Neto e Jair Emerson Silva, dois olimpi­en­ses que estão sendo acusados de en­volvimento no esquema de fra­ude em licitações em várias prefeituras da região noroeste do Estado de São Paulo, já apelidada de “Má­fia do Asfalto”, se entregaram à Polícia Federal de São José do Rio Preto no início da noite da quin­ta-feira desta se­mana, dia 18.

Os dois foram denunciados em ação penal que tramita na Justiça Federal de Jales, protocolada na segunda-feira desta semana, dia 16, pelo Ministério Público Federal, através do procurador da República Thiago Lacerda Nobre.

Se entregaram: Luiz Carlos Sel­ler, Humberto Tonani Neto, Val­do­vir Gonçalves, Jair Émerson Silva e Ilso Donizete Dominical se apresentaram voluntariamente à Polícia Federal de Rio Preto no início da noite de ontem.

Entretanto, no início da manhã, houve a prisão do empresário Olívio Scamatti, um dos donos da Demop Participações Ltda. e a­pon­­tado como chefe do grupo, junto com a mulher Maria Augus­ta Seller Scamatti.

Também no início da manhã foram presos Osvaldo Ferreira Filho, o Osvaldinho, e Gilberto da Silva, o Formiga. Osvaldinho é ex-assessor parlamentar de Edson Aparecido, atual chefe da Casa Civil e braço direito do governador Geraldo Alckmin. For­miga é a­pon­tado nas investigações da Polícia Federal como “lobista do PT”, na região de Rio Preto.

De acordo com informação do jornal Diário da Região, com exceção de Maria Augusta Seller Scamatti, todos os presos seriam transferidos para o CDP (Centro de Detenção Provisória) de Rio Preto, onde deverão permanecer por tempo indeterminado à dis­posi­ção da Justiça Federal.

FORAGIDOS

No entanto, pelo menos segundo as últimas informações, até a no­ite de ontem a Polícia Federal ainda não havia cumprido a prisão preventiva dos irmãos Edson Scamatti, Pedro Scamatti Filho, Do­rival Remedi Sca­matti e Mauro André Sca­mat­ti, que continuavam foragidos.

Consta que as obras de re­ca­peamento de vias eram realizadas com verbas federais dos Ministérios das Cidades e do Turismo. O dinheiro era destinado à região por meio de emendas de parlamentares ao Orçamento da União, o que era definido no Congresso.

As emendas em si não são alvo da investigação do MPF no momento, mas sim os processos li­ci­tatórios realizados para definir as empresas que receberiam essas verbas federais para tocar obras no Noroeste do Estado.

Como as licitações eram dire­cionadas, as obras eram super­faturadas e os lucros eram divididos entre os integrantes do esquema, inclusive sendo utilizados para corromper agentes públicos, segundo denúncia.

Compartilhe:

Comentários

Os comentários não representam a opinião do iFolha; a responsabilidade é do autor da mensagem.

Você deve se logar no site para enviar um comentário. Clique aqui e faça o login!

Ainda não tem nenhum comentário para esse post. Seja o primeiro a comentar!

Mais lidas