28 de abril | 2024

Cidadã enfrenta retaliações após denunciar falhas na saúde pública

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SAÚDE EM CRISE?
Moradora relata problemas persistentes no atendimento da UPA e enfrenta intimidação. Moradora de Olímpia detalha situação crítica na UPA e alega sofrer perseguições após críticas à administração local.

Em Olímpia, uma moradora local, Aueila Cristina Postiglioni, vem enfrentando perseguições e intimidações por parte de pessoas ligadas ao prefeito após expressar publicamente sua insatisfação com o atendimento na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da cidade.

Em uma entrevista ao repórter Silvio Facetto, Aueila descreveu uma série de problemas enfrentados por ela e outros cidadãos, incluindo longos tempos de espera, atendimento insatisfatório e falta de infraestrutura adequada.

Segundo Aueila, sua jornada em defesa de melhores condições de saúde começou após experiências pessoais negativas na UPA. “Já tem uns dias que eu precisei ir lá e eu precisei da saúde pública”, afirmou.

FOI BLOQUEADA EM LIVE

A situação se agravou quando ela participou de uma transmissão ao vivo no Facebook para discutir essas questões. Durante a live, ela foi bloqueada e acusada de tentar “sujar a imagem” da prefeitura, o que ela nega.

Após ser bloqueada, Aueila e outros moradores iniciaram suas próprias transmissões ao vivo para reivindicar melhorias. “Tem mães, tem crianças, tem idoso que ficam lá, à mercê de Deus”, disse, destacando a falta de atenção adequada aos mais vulneráveis. Ela também criticou a qualidade do atendimento de parte das enfermeiras e mencionou que “90% das enfermeiras fazem o seu trabalho, mas 10% deixa a desejar”.

As repercussões de suas declarações não foram apenas virtuais. Aueila relatou receber ameaças diretas. “O que me ameaçam é para parar pois eu não sou ninguém, que eu não vou chegar a lugar nenhum”, contou. Ela também mencionou receber mensagens intimidadoras, incluindo imagens ofensivas.

NÃO ESTÁ SOZINHA. MUITA GENTE PARA OFERECER APOIO

Apesar das ameaças, Aueila não está sozinha em sua luta. Ela relatou que muitas pessoas a procuram, tanto para pedir ajuda quanto para oferecer apoio. “As pessoas chamam a gente no Messenger, no WhatsApp pedindo ajuda para nós porque nós estamos sendo uma voz que tem coragem de falar”, explicou.

Ela também abordou as deficiências nos serviços de transporte oferecidos pela saúde pública, particularmente a falta de ambulâncias disponíveis para transportar pacientes durante a noite.

“A ambulância busca a gente em casa, mas na hora de trazer, tem horários para trazer. Às vezes é de madrugada, não tem ambulância”, disse Aueila, destacando o impacto disso em pacientes que precisam de cuidados urgentes.

FALTA DE REMÉDIOS É PERSISTENTE

Aueila apontou problemas persistentes, como a falta de medicamentos nos postos de saúde locais e na farmácia popular, mesmo após consultas médicas onde são prescritos tratamentos necessários.

“Você não tem um remédio”, lamentou, ressaltando a gravidade da situação quando se trata de casos urgentes, como o de sua mãe, que sofreu um início de infarto após ser inicialmente mandada para casa.

Finalmente, Aueila expressou seu desejo de ver melhorias na saúde que acompanhem o crescimento da cidade. “A cidade está crescendo, a gente só está reivindicando que a saúde tem que crescer junto, tem que acompanhar o mesmo patamar”, concluiu, reforçando sua chamada por responsabilidade e eficiência dos gestores públicos em relação à saúde pública em Olímpia.

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