19 de julho | 2021

Morador de Olímpia foi o segundo a fazer transplante duplo de pulmão por Covid-19

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Papani é o segundo caso bem sucedido no Brasil, o primeiro no INCOR. Caso do olimpiense vai ser exibido no programa Profissão Repórter.


O morador de Olímpia, Rogério Papani, há vários meses internado em razão de ter sido infectado com o novo coronavírus, ao que se informa, após ser transferido para São Paulo para utilizar um sistema novo de respiração artificial o ECMO (Membrana de Oxigenação Extracorpórea – uma espécie de pulmão artificial que oxigena o sangue fora do corpo, substituindo temporariamente o órgão comprometido de maneira severa), também foi o segundo no Brasil a fazer transplante duplo do pulmão.

A informação circulou após o programa Fantástico, da rede Globo, abordar o tema e contar a história do primeiro transplantado no domingo passado.

O vídeo da reportagem foi postado nas redes sociais, com texto, falando sobre o caso de Olímpia: “Graças a Deus a ciência avançou rápido. O Papani foi o primeiro paciente do INCOR e o segundo do Brasil a realizar o transplante duplo de pulmão por complicações da COVID. O Brasil tem medicina de ponta”.

CASO DO OLIMPIENSE
VAI PASSAR NO PROFISSÃO REPÓRTER

Após a divulgação do caso pela rádio Cidade, no programa Cidade em Destaque, a prima do olimpiense, Giselle Fernanda Papani da Silva, confirmou a informação:

“Bruna, o caso do Rogério meu primo, vai passar no Profissão Repórter com o Caco Barcelos, ainda sem data. Ele é o segundo caso do Brasil, em transplante com sucesso. Foram dois no Einstein (um sobreviveu, outro não) e o Rogério o primeiro no INCOR. Graças a Deus ele se recupera bem e dentro das normalidades previstas”.

Em vários lugares do mundo, inclusive no Brasil, pessoas que tiveram os pulmões totalmente comprometido pela Covid-19 estão recebendo uma nova chance: um transplante duplo. Esse tipo de cirurgia é aprontado como um último recurso e já apresentou resultados positivos. Médicos brasileiros estão na vanguarda desse procedimento.

TRANSPLANTE EM PACIENTES
COM SEQUELAS GRAVES DE COVID É QUASE EXPERIMENTAL

O transplante de pulmão em si não é novidade. Mas o uso dele em pacientes com sequelas graves de Covid é quase experimental. Um norte-americano foi uma das primeiras pessoas do planeta a passar pelo procedimento nessas circunstâncias. Ele foi operado no hospital da Universidade da Florida pela equipe comandada pelo brasileiro Tiago Machuca, que virou referência nesse tipo de transplante.

Os resultados não poderiam ser melhores. 21 transplantes. 18 pacientes já receberam alta e três se recuperam bem no hospital.

Já o primeiro paciente a receber um transplante bem sucedido de pulmão após ter tido Covid-19 no Brasil é o empresário José Hipólito Correia Costa, 61 anos. Dia 14 completou três meses desde a cirurgia. Ele teve o órgão destruído pela doença com fibrose irreversível.

Marcos Samano, cirurgião torácico do Hospital Israelita Albert Einstein, onde o transplante de Hipólito foi realizado, afirma que “se não tivesse ocorrido o procedimento, certamente o paciente já teria morrido”.

A cirurgia levou dez horas e envolveu sete profissionais. O paciente ainda ficou conectado a duas ECMOs simultâneas: a que ele já estava ligado antes e outra usada durante o transplante.

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