A.Baiochi Netto

De acordo com estimativas do IBGE divulgadas no mês de dezembro, a população de Olímpia cresceu 1,01% a partir da projeção anterior, datada de 2021, contando a cidade, nos dias atuais, com 56.037 habitantes.

Esse índice da estimativa refere-se ao período compreendido de 2021 a 2022, não se conhecendo as datas exatas tomadas como referência para tais projeções.

Esse crescimento é dos mais significativos em se considerando que estimativas referentes a diversas cidades próximas de Olímpia, algumas com maior população, estariam apresentando índices negativos, ou seja, diminuição de população.

Sob esse cálculo estimado do IBGE teriam tido redução populacional, por exemplo, dentre outras, as cidades de Guapiaçu, índice negativo de 1,92%, Monte Aprazível, negativo de 16,30%, Nova Granada, negativo de 11,49%, Palestina, negativo de 15,25%, Paraíso, negativo de 6,69%, Paulo de Faria, negativo de 17,35%, Severínia, negativo de 21,32%.  Ainda nesta macrorregião, cidades maiores que Olímpia também teriam sofrido redução populacional na comparação das estimativas de 2021 e 2022. Barretos, Bebedouro e Catanduva estariam nessa situação, com a projeção de queda populacional entre as estimativas de 2021 e de 2022 do IBGE. Os números atuais reais, porém, somente serão confirmados com a divulgação oficial do censo de 2022. Por enquanto, dentre todas essas cidades de nossa macrorregião, Olímpia é a única que apresenta crescimento populacional quanto ao biênio 2021/2022.

A redução da população seria consequência da queda da natalidade, que vem se registrando de modo geral em todo país, e de fatores econômicos próprios de cada cidade, que não estariam proporcionando a criação de novos empregos e de novas oportunidades para a população.

Já o crescimento da população, quando confirmado, teria como principal fator de sua ocorrência a chegada de novos moradores, vindos de outras cidades na busca de empregos e de outras oportunidades. É este, por certo, o caso de Olímpia.

É de se considerar, ainda, que Olímpia, a se confirmarem tais previsões, vem crescendo em razão de uma situação econômica sólida, proporcionada pela sua agroindústria e pela economia terciária local, na qual se destaca o turismo. Enfim, as estimativas do IBGE, se confirmadas, vêm comprovar que o crescimento de Olímpia é autossustentável, o que a diferencia da grande maioria das demais cidades desta macrorregião de S.J. do Rio Preto.

Alfredo Baiochi Netto é advogado especialista em Direito Administrativo e Direito Tributário pela PUC – São Paulo. Consultor em Direito Público e em especial nas áreas do Direito Orçamentário e Lei de Responsabilidade Fiscal, autor de trabalhos técnicos para o CEPAM e APM/SAREM.