29 de novembro | 2020

Segunda onda pode chegar a Olímpia semanas após capital

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Próxima dos três mil, Olímpia volta
aos números de julho da Covid-19.

José Antônio Arantes
A pandemia em Olímpia, embora em número de mortes ainda esteja apresentando quantidade equivalente ao mês de julho, com cinco, em termos de casos confirmados deve ficar um pouco superior aos números verificados em junho, quando foi praticamente dada a largada para o pico que ocorreu no mês de agosto.

Em junho Olímpia registrou 95 casos confirmados e neste mês de novembro já chegou a 94, podendo superar a casa dos 100 casos até a próxima segunda-feira, 30, quando termina o período. Mas ficará bem abaixo dos regis­tra­dos em julho, quando a cidade registrou 482 positivados para a doença provocada pelo novo coronavírus.

Estes dados adquirem importância, quando se discute a possibilidade do Brasil vir a ter uma segunda onda nas próximas semanas ou meses. Embora não exista nenhuma certeza no mundo científico, os números atuais demonstram que o município estaria vivenciando um chamado platô (pequenas oscilações para baixo e para cima) tanto em número de casos confirmados, como de internações e de mortes.

MÉDIAS ESTÃO EM

PATAMARES DE

JUNHO E JULHO

No quesito interna­ções, a média diária vem se mantendo na faixa de seis a sete pacientes internados em hospitais de Olímpia e região e de 04 a 05 em UTIs.

Nos três setores, entretanto, casos confirmados, internações e mortes, que são levados em consideração para a progressão de fases do Plano São Paulo de retomada da economia em meio à pandemia, ao que parece, a cidade continua em ligeira queda.

Os dados, por outro lado, não são seguros para garantir que uma nova onda não possa chegar a Olímpia. Isso porque a tendência de alta vem sendo verificada em vários Estados do Brasil e, em São Paulo os especialistas já começam a ficar preocupados com um aumento na faixa de 22%.

SEGUNDA ONDA

SEMANAS DEPOIS

DA CAPITAL

Pelas características geográficas do município e pelo que se verificou na primeira onda, se uma segunda por ventura vier a ser verificada em Olímpia, esta deverá chegar semanas após a ocorrência na capital, como foi verificado em agosto, mês do pico.

O pico da pandemia em Olímpia ocorreu entre 14 e 20 de agosto, quando a capital já havia iniciado sua fase decrescente, ou seja, tinha começado a verificar queda de casos confirmados, de número de inter­nações e de mortes.

De toda a forma, se em São Paulo uma provável segunda onda acabar ocorrendo entre o final de novembro e começo de dezembro, e se repetir a mesma situação veri­fi­ca­da na primeira onda, Olím­pia poderá ter que conviver novamente com o aumento de casos, de internações e de mortes, em plena temporada, no mês de janeiro.

OLÍMPIA PODE

NÃO TER 2.ª ONDA

OU ESTA CHEGAR

DEPOIS DE

FEVEREIRO

Existe, no entanto, quem acredite que uma segunda onda não venha a ocorrer em Olímpia em razão de dois fatores que não têm confirmação científica. O primeiro é o que acredita que um grande número de pessoas possa ter se contaminado e não ter realizado o exame, portanto não entrando na somatória oficial da Saúde local.

Para os defensores desta tese, Olímpia, hoje, chegando aos 03 mil positivados com o novo coronavírus (2.808 na quinta-feira, 26.11), teria pelo menos cinco vezes mais pessoas que já tenham contraído o vírus, os chamados assintomá­ticos e aqueles cujos sintomas são fracos e acabam não demandando internação e nem a realização do exame.

Dentro deste contexto, o município já estaria com praticamente 30% de sua população imune em razão de ter sido infectada com o novo coronavírus, ou seja, cerca de 16 mil pessoas.

Neste caso, como a maioria esmagadora, mesmo dos confirmados, foi de cidadãos na faixa abaixo dos 50 anos de idade e a quase totalidade de assinto­má­ti­cos, que também se situa em faixas de idade menores, uma segunda onda poderia não acontecer, já que quem continua não acreditando que a pandemia seja mortal, ou mesmo crendo que ela já passou, esteja também nesta faixa de idade.

É justamente nesta faixa de idade que se encontra o grande número de pessoas que hoje ficam se expondo ao contágio e colocando em risco de mortes seus parentes idosos, ou com comorbidades.

É PRECISO

MELHORAR A

FISCALIZAÇÃO

Para estas pessoas, para que o município possa passar pelos menos janeiro e fevereiro sem ter que enfrentar um novo pico da epidemia, bastaria uma maior afirmação da fiscalização por parte da prefeitura, das próprias regulamentações que decretou, como uso de máscara obrigatório, distancia­men­to e higiene das mãos (com álcool ou água e sabão) e, principalmente o distancia­mento e o uso de máscara em locais públicos e restaurantes, bares e lanchonetes.

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