26 de julho | 2010
Secretaria de Saúde pagou consultorias para apurar situação da Santa Casa local
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A Secretaria Municipal de Saúde bancou a contratação de duas empresas de consultoria, com a finalidade de realizar um levantamento na vida econômica, financeira e patrimonial da Santa Casa de Olímpia. Pelo menos isso é o que se depreende do relatório da junta interventora, entregue ao prefeito Eugênio José Zuliani, Geninho, no dia 28 de junho, cuja cópia chegou até à redação desta Folha da Região, na tarde desta sexta-feira, dia 23.“A real situação administrativa e financeira foi apurada através de parceria com a Secretaria Municipal de Saúde, papel fundamental da Secretaria, não medindo esforços em contratar os serviços prestados pelas empresas de consultoria”, consta em trecho do relatório assinado pelo interventor, vice-prefeito Luiz Gustavo Pimenta. No entanto, ainda não foi divulgado o valor gasto com as contratações.
O relatório acompanha os resultados dos trabalhos realizados pelas empresas CFFG – Consultoria em Saúde e Educação e Ruiz Consultoria Empresarial. Tudo foi encaminhado ao Ministério Público dos Direitos Constitucionais do Cidadão de Olímpia, representado pelo promotor Gilberto Ramos de Oliveira Júnior.
Embora não seja conclusivo, numa breve análise, o relatório da junta interventora recomenda que o trabalho das empresas de consultoria sejam analisados por profissionais capacitados para fundamentação de eventuais crimes ou mesmo irregularidades praticados em administrações anteriores.
Três fatores foram apontados no relatório. Um deles é que quando a junta interventora tomou posse do hospital, não lhe fora apresentado o inventário permanente de bens, conforme está previsto no estatuto, situação que perdurou até o encerramento da intervenção, com a posse do provedor, o comerciante, Marcelo Elias Najem Galette.
Outro fator citado, embora não conste em qual período, está direcionado a eventuais falhas na formalização de contratos de prestações de serviços, captação de empréstimos bancários e aprovação das prestações de contas dos recursos públicos.
Já o terceiro item faz menção ao sistema de telemarketing implantado no hospital, não consta prestação de contas dos valores arrecadados pelo sistema.
Ainda parte da terceira citação, consta que o resultado analítico e sintético do exercício 2009, apresentou déficit de R$ 574.346,50, considerado o maior dos últimos nove anos e com significante diferença em relação ao ano anterior.
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