17 de março | 2013

Santa Casa anuncia lucro de R$ 82 mil e dívida de quase R$ 3 mi

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A Santa Casa de Olímpia mostrou um resultado positivo, ou seja, um lucro de R$ 82 mil, mas ao mesmo tempo uma dívida de quase R$ 3 milhões. Pelo menos é o que consta no balanço contábil da instituição publicado no sábado da semana passada, dia 9, nas páginas 6 e 7 da Imprensa Oficial do Município (IOM).

O saldo positivo no valor de R$ 82.292,14 aparece na demonstração do resultado do exercício, referente ao período de 01 de janeiro a 31 de dezembro de 2012. Nesse relatório constam todos os valores de receitas e despesas apuradas durante o período. Se no total a receita geral foi de R$ 10.027.515,63, a despesa tota­lizou R$ 9.945.223.49.

No entanto, isso não significa que há refresco para a diretoria, uma vez que o balanço pa­tri­mo­nial relativo ao mesmo período apresenta valores no mínimo preocupantes. Isso porque o passivo de R$ 2.971.633 é composto por valores sempre superiores à casa dos R$ 400 mil.

O passivo circulante, que totaliza R$ 1.078.756,83, é composto pela chancela Obrigações a Pagar com o valor de R$ 643.298,38, e Fornecedores no valor de R$ 435.458,45.

Mas há também o passivo exigível a longo prazo, que to­ta­li­za R$ 1.578.532,53 distribuído em Empréstimos Bancários no valor de R$ 1.019;504,19, e Obrigações Trabalhistas no valor de R$ 559.028,34. Ainda resta o total declarado como Patrimônio Líquido – Reserva de Lucro no valor de R$ 314.343.74.

Se não há equívocos nos valores publicados na IOM, o valor da dívida é superior ao que foi divulgado recentemente pelo jornal Diário da Região de São José do Rio Preto, que publicou uma dívida no valor de R$ 1,19 milhão, que consta ter sido informado pelo provedor da Santa Casa, Mário Francisco Montini.

Na reportagem, o jornal afirmava que a sangria nas contas forçou que a direção do hospital tomasse uma medida radical e que desde outubro do ano passado o pronto-socorro, que atendia até 15 mil usuários por mês, está fechado, só aceitando pacientes particulares.

Entretanto, efetivamente o fechamento do pronto socorro iniciou no dia 30 de junho de 2012, quando o prefeito Eugênio José Zuliani, dias antes do início do período eleitoral, inaugurou a Unidade de Pronto Atendimento (UPA), que ficou responsável por praticamente todos os atendimentos de urgências e emergências da cidade.

Como se recorda, o hospital chegou a suspender as cirurgias eletivas, não emer­genciais, no fim de 2012, e proibiu o atendimento de pacientes do SUS nos dois leitos de UTI particulares. “Cada leito custa R$ 150 por dia, mas o SUS só repassa R$ 140”, disse Montini.

 

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