04 de março | 2007

Presidente proíbe até assessores de frequentar gabinetes de vereadores na ausência deles

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O presidente da câmara municipal, vereador Francisco Roque Ruiz, juntamente com os demais membros da mesa diretora, baixou o ato número 07/2007, datado do dia 26 de fevereiro, segunda-feira desta semana, restringindo os gabinetes do Conjunto Erciley Parolim a vereadores, conseqüentemente proibindo a presença de pessoas comuns quando da ausência dos mesmos.

Comemorado e assinado pelo vereador Antônio (Niquinha) Delomodarme durante a sessão ordinária do mesmo dia, o ato está assinado também pelos vereadores João Baptista Dias Magalhães e José Elias Morais, primeiro e segundo secretários, respectivamente.

Na comemoração de Niquinha, inclusive parabenizando Ruiz pela medida adotada, houve até manifestação do presidente reforçando ao vereador que a decisão não teria sido somente dele presidente, mas de todos os vereadores que compõem a mesa diretora.

Pelo que se pode depreender do parágrafo terceiro do ato, encontrado pela reportagem desta Folha no mural que fica no saguão principal da câmara, e ainda pelos próprios comentários feitos por Niquinha, quando uma pessoa comum ou mesmo assessor político estiver num dos gabinetes e o vereador tiver que sair por um período, curto que seja, estes também deverão acompanhá-lo ao invés de aguardar o retorno do vereador.

O parágrafo único do artigo terceiro veda a permanência e uso dos gabinetes por pessoas que não fazem parte do quadro funcional do legislativo sem a presença dos vereadores nos mesmos.

Por outro lado, embora questionado várias vezes pelo vereador Marco Antônio Parolim de Carvalho, que tem emprego em empresa privada do município e, portanto, horário comercial tomado pelos compromissos com a mesma, no parágrafo primeiro o presidente determinou que a câmara funcionará normalmente de segunda a sexta-feira, no período entre 7h30 e 17h30, exceto nos dias em que houver sessões ordinárias ou extraordinária ou ainda audiências públicas.

Já no parágrafo segundo, o presidente veda a entrada de pessoas, vereadores e funcionários fora do horário estabelecido, salvo mediante autorização expressa da presidência.

Auditoria

Por outro lado, em entrevista levada ao ar pela Rádio Menina AM na quarta-feira (28) desta semana, o presidente tergiversou bastante ao ser questionado a respeito da auditoria exigida pelo vereador Niquinha, que, inclusive, tem afirmado insistentemente que renuncia a vice-presidência da mesa caso não consiga que haja a contratação de profissionais para auditar as contas do ex-presidente Eugênio (Geninho) José Zuliani.

"Essa casa de lei é uma casa do povo. Tudo que for feito aqui a população tem acesso, por isso temos que tomar muito cuidado com o que fazemos aqui, com o que assinamos, porque cada um tem que ser responsável por aquilo que faz. O vereador Niquinha está muito preocupado, muito interessado em estar divulgando, estar comentando e nós aqui, eu como presidente não posso estar escondendo que ele tenha acesso através de requerimento", disse inicialmente.

Porém, sem descartar a possibilidade de atender a exigência e ao mesmo tempo abrindo a chance de acatá-la, disse: "Nós vamos discutir, vamos analisar, a mesa diretora. Quero a participação de todos os colegas que compões a mesa. Estamos analisando o custo da auditoria, vamos analisar o custo-benefício, não queremos perseguir ninguém. Nós queremos deixar a marca de um trabalho exemplar.

 

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