Demonstrando estar satisfeito com os resultados e mesmo diante da insatisfação demonstrada pelas reclamações e até continuando a entender que as mortes por erros de diagnósticos são meras coincidências, o prefeito Eugênio José Zuliani voltou a defender os números relativos aos atendimentos realizados pela Secretaria Municipal da Saúde, durante a reunião realizada com moradores do Jardim Santa Ifigênia, zona  norte da cidade, na tarde da terça-feira, dia 8, em seu gabinete, no prédio da Prefeitura Municipal de Olímpia, localizado na Praça Rui Barbosa, na região central da cidade.

Além do próprio prefeito, a reunião com os moradores, que começou por volta das 16 horas e se estendeu até por volta das 19 horas, teve a presença de pelo menos 15 moradores do bairro, da secretária da saúde em exercício Cristina Kill, da funcionária Rosinha, do assessor do prefeito José Paulo Poliselli (Pita), e, desta feita, também de representantes da imprensa.

Durante a reunião os moradores do bairro cobraram explicações, principalmente, dos representantes da área da saúde e do representante do executivo em relação ao mau atendimento praticado na rede básica da cidade, o prefeito se limitou a mais uma vez mostrar, através de slides, os números de atendimentos e investimentos feitos recentemente, tentando convencer que o atendimento vem melhorando nesses últimos anos.

Mas indignados os moradores disseram que os números eram maravilhosos e que poderia ter havido uma melhora nos atendimentos da saúde nesses últimos anos, mas que ainda estava muito aquém do que seria perfeito.

Mesmo sendo exaltado o trabalho da secretária Silvia Elizabeth Forti Storti, à frente da Secretaria da Saúde, eles queriam e com certeza ainda querem, saber os motivos de tantas mortes causadas por falhas nos atendimentos.

Além disso, reclamaram da falta de remédio, demora nos atendimentos agendados e que os médicos só cumprem um determinado número de consultas e vão embora antes do horário de trabalho determinado nas Unidades Básicas de Saúde (UBS).

Também nesse caso Zuliani apenas se limitou a justificar que realiza um investimento de 30% do orçamento na saúde e, também da mesma forma, jogando a culpa para outros lados, afirmou que a contra partida do governo federal seria insuficiente para manter um serviço adequado.

Já quanto ao número de horas que os médicos devem atender nas UBS, o prefeito alega que é impossível exigir que eles cumpram com o horário e, que inclusive quando foi tentar obrigar que cumprissem os horários, inclusive ameaçando implantar relógios de ponto, mais de 25 médicos pediram demissão. Por isso, segundo ele afirmou teve de voltar atrás na exigência, pois não tinha como substituir esses médicos demissionários.

Já quanto ao pedido de cassação da secretária Silvia Forti, o prefeito refutou, alegando que o trabalho que ela vem desenvolvendo é excelente e que não há pessoa de melhor gabarito para ocupar esse cargo.

A outra exigência era o melhor aproveitamento do espaço do Estádio Alfredo Takahashi, conhecido por Campo do Japonês ou Campo do Olimpinha, que está abandonado pelo poder público. Nesse caso, o prefeito anunciou que vai construir no local uma creche e um espaço para a prática de esportes, promessa que foi bem recebida pelos moradores do bairro.

REUNIÃO PARA MARCAR OUTRA REUNIÃO

Por outro lado, o prefeito ainda disse que pretende se reunir várias vezes com os moradores do bairro para maior proximidade e facilitar que apresentem novas reivindicações.

Inclusive, já ficou agendado novo encontro para daqui a 30 dias, ou seja, para o próximo dia 8 de novembro.