24 de abril | 2024

Deputados cobram medidas após morte de cachorro em voo e pedem alterações na legislação

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Da Assessoria – Após a morte de um cachorro durante um transporte aéreo que ganhou notoriedade nacional, os deputados Marangoni (União/SP) e Rafael Saraiva (União/SP) se reuniram com o Ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho para solicitar medidas urgentes para que casos como o que ocorreu na terça-feira (23) envolvendo um golden retriever de cinco anos que deveria ter sido transportado de São Paulo para Sinop (MT), mas por um erro foi enviado para Fortaleza (CE), não ocorram novamente.

Durante o encontro, o deputado federal Marangoni destacou a necessidade de revisar as normas para o transporte aéreo de animais. Mais cedo, ele já havia apresentado dois requerimentos: um solicitando informações da ANAC sobre as regras atuais para o transporte de animais em voos domésticos e internacionais, e outro pedindo melhorias no projeto de lei PL 3759/2020, que trata do assunto.

“Animais não são bagagens e não podemos deixar esse caso ser apenas mais um incidente midiático sem consequências. É imperativo implementar medidas práticas e eficazes em todo o país,” afirmou Marangoni.

Os deputados, que trabalham juntos em um escritório focado em questões relacionadas aos animais, enfatizaram a importância da parceria com o ministério para prevenir futuros incidentes.

De acordo com o deputado estadual Saraiva, a Gollog, empresa responsável pelo transporte do animal, cometeu erros graves. “O que deveria ser uma simples viagem de avião transformou-se em um pesadelo para Joca, o animal, sua família e todos envolvidos com a causa animal. A empresa foi negligente ao não acionar um veterinário e agora essa luta também é nossa. Exigimos justiça,” ressaltou Saraiva, que também contribuirá na redação do novo texto do PL.

O INCIDENTE

O animal, que deveria voar de São Paulo a Sinop, acabou sendo enviado erroneamente a Fortaleza, e só após o erro foi retornado a Guarulhos. Quando João Fantazzini, o tutor do animal e engenheiro, foi recebê-lo, o cão já estava morto. Segundo Fantazzini, o veterinário havia emitido um atestado garantindo que o cachorro suportaria uma viagem de duas horas e meia, porém, com o erro, ele permaneceu quase oito horas em trânsito.

A família alega falta de cuidado adequado por parte da companhia aérea, que por sua vez, afirma que monitorou o animal durante todo o percurso e que a morte foi um acontecimento inesperado. O caso está sob investigação.

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