27 de setembro | 2015

Médica diz que modernizou sistema de anestesia que estava ultrapassado

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Em contato por telefone, a médica anestesista Thalita Lima Ezarchi, além de afirmar que em momento algum tinha pedido demissão do hospital, mas que o objetivo era receber e voltar a trabalhar, contou que modernizou o sistema de anestesia que era utilizado quando chegou, porque era bastante ultrapassado.

Também disse que a participação do anestesista Luís Henrique Vi­cen­te, que é conhecido popularmente por Rico, em um congresso no final da semana passada foi um trabalho de incentivo que realizou ao lado do diretor clínico Nilton Roberto Martinez.

“Mudei o serviço de anestesia. Tem novos equipamentos. Está modernizado, com novas drogas, com novos materiais e rotina, principalmente, com protocolo científico. Tudo isso fui eu que implantei e mudei. Modernizei a anestesia porque o anestesista que tinha estava parado no tempo. Há 20 anos parou de estudar. Ele faz anestesia que não se faz há mais há 20 anos. Então, eu cheguei aí e modernizei a anestesia”, relatou.

Thalita Lima Ezarchi relata que durante esse tempo que está em Olímpia implantou os protocolos que são exigidos por lei na medicina, como o ambulatório para avaliações pré-anestésicas e sala de recuperação pós anestesia, que não existiam. “Isso trouxe mais segurança aos pacientes porque através dessa avaliação se diminui o risco de acontecer algo de imprevisto durante os procedimentos cirúrgicos. Anteriormente ninguém nunca tinha ouvido falar disso na Santa Casa de Olímpia, enquanto todos os hospitais do estado já conheciam a prática”, contou.

“UM RISCO ABSURDO”

Contou também que chegou a ficar espantada com as drogas antigas que ainda utilizavam para os procedimentos anestésicos: “Um risco absurdo”. “Pedi para o administrador que comprasse drogas e materiais novos e atuais para que pudesse atualizar os procedimentos, trazendo um benefício para o paciente, mais agilidade para centro cirúrgico e redução de custo para o hospital”, reforçou.

De acordo com ela, a Santa Casa de Olímpia é um hospital muito atrasado em relação ao nível médio dos hospitais de proporções parecidas que existem no estado: “O provedor tenta passar uma imagem de que eles são excelentes administradores, mas estão devendo muitos salários ao quadro de médicos do hospital”.

E acrescenta: “Diferente dos outros médicos da Santa Casa não temos consultório ou outras fontes de renda na cidade que permitam que possamos ficar trabalhando sem receber, como acontece com os demais que possuem outros negócios com raízes na cidade”.

E acrescenta: “Os médicos que residem aqui já estão acostumados com o pior, se acostumaram com administrações incompetentes ao longo do tempo. Isso é prejudicial para a população de Olímpia, que sempre é quem paga o pato pelas “lambanças” dos administradores do hospital”.

Principalmente por isso reclama da situação que está vivendo agora: “para eles chegarem a esse ponto absurdo de saber que não vai ter dinheiro para me pagar e mesmo assim me deixar continuar trabalhando, me enrolando. Porque não uma, nem duas e nem três vezes que fui a sala do Sr. Vivaldo, sempre com muita educação e muita classe, cobrar o meu salário o que eu acho um absurdo porque o trabalhador não deve cobrar o seu salário, deve trabalhar e receber. Ele sempre me enrolava e não dava uma posição”.

E finaliza: “Estávamos felizes em viver aqui em Olímpia, acreditávamos que iriam cumprir os compromissos profissionais e éticos conosco e com a cidade. Mas além de não pagar os profissionais, o senhor Mario Montini quer dar lições de moral insinuando que os profissionais deveriam trabalhar de graça durante meses pra ele não ficar com a imagem associada a de um péssimo administrador”.

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