03 de março | 2013

Jornal de Rio Preto constata o caos existente na UPA

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O que vem sendo sempre apontado por esta Folha e, ao mesmo tempo, sempre negado pela Prefeitura Municipal de Olímpia, através da Secretaria Municipal de Saúde, principalmente, acabou de ser constatado pelo jornal Diário da Região, de São José do Rio Preto. O trabalho foi publicado com o nome “Santas Casas da região agonizam com dívidas”.

Na elaboração de uma reportagem retratando os problemas que atingem todos os hospitais públicos na região noroeste, o jornal acabou constatando um verdadeiro dia de caos na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Olímpia.

A reportagem foi realizada no dia 20 de fevereiro, quarta-feira da semana retrasada, mas pu­bli­cada na edição do domingo passado, dia 24, inclusive com fotos mostrando o Pronto Socorro da Santa Casa totalmente fechado e situações enfrentadas por pacientes da UPA.

No cruzamento das informações o jornal concluiu que o fechamento do pronto socorro sobrecarregou a única UPA da cidade. Naquele dia a espera por uma consulta no local chegava a quatro horas, segundo os pacientes.

“Na manhã da quarta-feira, uma senhora chegou a desmaiar na sala de espera. O fiscal Hardi José Kothe Júnior, 31 anos, chegou à UPA naquele dia às 8h com dores no pulso. Às 11hs, não havia sido consultado pelo médico. Enquanto esperava, uma enfermeira improvisou uma tala para amenizar as dores no pulso”, diz trecho da reportagem.

Também segundo o jornal, ao lado dele, a dona de casa Adriana Castro, de 39 anos de idade, aguardava pelo atendimento da sogra. “Eu cheguei aqui 8h30 com ela passando mal, pálida, o lábio roxo. Mas já são 11hs e ela não foi atendida”, reclamou.

Santa Casa anuncia dívida de R$ 1,2 mi

Na mesma reportagem elaborada pelo jornal Diário da Região de São José do Rio Preto, o provedor da Santa Casa de Olímpia, Mário Francisco Montini, anunciou uma dívida no valor de R$ 1,19 milhão. O trabalho foi publicado no domingo passado, dia 24, com o nome “Santas Casas da região agonizam com dívidas”, mas foi realizado quatro dias antes, ou seja, na quarta-feira da semana retrasada.

Na reportagem o jornal afirma que a sangria nas contas forçou a Santa Casa de Olímpia a tomar uma medida radical e desde outubro do ano passado o pronto-socorro do hospital, que atendia até 15 mil usuários por mês, está fechado, só aceitando pacientes particulares, conforme faixa estendida na portaria.

Entretanto, efetivamente o fechamento do pronto socorro iniciou no dia 30 de junho de 2012, quando o prefeito Eugênio José Zuliani, dias antes do início do período eleitoral, inaugurou a Unidade de Pronto Atendimento (UPA), que ficou responsável por praticamente todos os atendimentos de urgências e emergências da cidade.

“Por isso, relata a matéria publicada, na manhã da última quarta-feira estava às moscas”. “O prejuízo mensal era de R$ 120 mil. Recebíamos R$ 73 mil por mês da prefeitura para o PS, mas só o custo com os médicos ficava em R$ 83 mil”, justifica o provedor, Mário Montini.

 O hospital chegou a suspender as cirurgias eletivas, não emer­genciais, no fim de 2012, e proibiu o atendimento de pacientes do SUS nos dois leitos de UTI particulares. “Cada leito custa R$ 150 por dia, mas o SUS só repassa R$ 140”, diz Montini.

 HOSPITAL DO OLHO

Neste mês o Hospital do Olho “Eunice Carvalho Diniz”, que funciona dentro da Santa Casa com a ideia de ser transformado em referência regional em cirurgias oftal­mológicas, também foi fechado. Com isso, equipamentos de ponta estão parados. “O custo de manutenção estava muito caro, então não tivemos outra opção”, afirma o provedor.

Azar da aposentada Maria Bar­reira, 60 anos, que há mais de um ano aguardava por uma cirurgia de catarata no local. “Só operei um olho, agora falta o outro. Vou tentar em Rio Preto ou Bar­retos”, avisou.

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