01 de julho | 2007
Grande quantidade de escorpiões tem influência direta das queimadas da cana
A bióloga Irene Knysak, diretora do Laboratório de Artrópodes, do Instituto Butantã, de São Paulo, disse na quinta-feira (28) que a queima da palha de cana-de-açúcar na preparação para o corte, tem implicação direta na quantidade de escorpiões e, conseqüentemente, com o total de acidentes registrados pela saúde no primeiro semestre deste ano. Ela participou de palestra realizada na câmara municipal sobre Artrópodes, categoria de insetos que inclui também as aranhas e as lacraias.
"Depende muito da área de incidência dos escorpiões, porque a queimada pode movimentar um pouco mais os animais. Aqui (Olímpia) estamos percebendo que a queimada em relação ao plantio da cana tem sim alguma coisa a ver e temos que pensar em uma solução para isso", afirmou em entrevista que concedeu à Rádio Difusora AM.
Knysak não vê como normal a quantidade de acidentes com picadas de escorpiões registrada no município de Olímpia. No entanto, embora possa ser considerado alto, entende que o trabalho que vem sendo realizado em Olímpia tem grande importância e, portanto, deve ser continuado.
Até o dia 30 de maio próximo passado, de acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, foram registrados 156 acidentes de picadas de escorpiões no município. "Sempre vai haver acidentes, mas acho que a principal idéia é diminuir para que fique num limite aceitável", concluiu.
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