14 de agosto | 2011

Geninho diz que população tem que assumir 50% do déficit da Sta. Casa

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O prefeito Eugênio José Zuliani (foto), Geninho, divulgou na semana passada que a dívida da Santa Casa de Olímpia está em torno de três milhões e meio de reais, com um déficit anual de R$ 2 milhões.


Pelo que se pode entender de sua fala, parte do déficit, pelo menos, terá que ser assumida pela população da cidade, ajudando nas campanhas que forem propostas pela diretoria da instituição. Pelo que propõe, o povo terá de assumir cerca de 50% do déficit anual.


Esse valor seria referente às despesas que o hospital tem que assumir anualmente, mas que não teria cobertura nem do convênio do SUS (Sistema Unificado de Saúde), do Governo Federal, e tampouco da Unimed, uma cooperativa de médicos com sede em São José do Rio Preto, que mantém um escritório em Olímpia.


Também segundo ele, a Santa Casa é uma prestadora de serviços do município e os valores repassados através dos serviços contratados pela Prefeitura Municipal, em torno de R$ 150 mil por mês, é a parcela que lhe cabe como prefeito municipal.


O prefeito disse em uma emissora de rádio que, pelo que se sabe tem relações estreitas com a Prefeitura, que, junto com a diretoria da Santa Casa, a população tem que bancar cerca de um milhão de reais por ano.


Além disso, Geninho diz que agirá, mas apenas para obter o restante necessário (um milhão de reais) para completar o valor do déficit anual, atuando junto aos políticos que foram eleitos com votação expressiva no município, tanto na esfera federal, quanto estadual.

Isso tudo foi dito para explicar que tem cumprido o que prometeu durante a campanha eleitoral, quando estabeleceu que o hospital, na verdade, pertence ao povo da cidade. “A Santa Casa é uma entidade filantrópica e pertence ao povo olimpiense”, enfatizou.

PREFEITURA APENAS
MANTÉM PARCERIA

“A Prefeitura Municipal de Olímpia tem uma parceria com a Santa Casa, a gente contrata serviço com a Santa Casa, a gente passa uma subvenção mensal, mas a Santa Casa é um órgão independente, é uma instituição privada, criada e mantida pelo povo olimpiense. Então, a Santa
Casa não é de responsabilidade direta da prefeitura, até por que a gente mantém um convênio pelo pronto atendimento”, acrescentou.


Porém, ele avisa que a Santa Casa tem convênio com a Prefeitura porque a Prefeitura de Olímpia não tem Pronto Atendimento, ou seja, não possui o serviço de pronto socorro. “Vai ter agora, a partir de outubro com a inauguração da UPA (Unidade de Pronto Atendimento)”, disse. Mas a UPA, conforme o próprio prefeito afirma, ainda é um sonho. A obra ainda não está acabada e ainda tem que adquirir todo o mobiliário.


Mas uma coisa é praticamente certa. Com a entrada em funcionamento da UPA, a Santa Casa poderá perder grande parte dos recursos oficiais que atualmente recebe do município, principalmente, a parte que é usada para bancar o atendimento do pronto socorro: “Com a inauguração da UPA a Santa Casa vai ficar com atendimento só para convênios e o SUS vai tudo para UPA”.


POSSÍVEIS
DEMISSÕES

Por outro lado, pessoas que já dirigiram o hospital chegaram a comentar que da forma como a situação caminha e, se prevalecer da forma como vem sendo encarada, quando a Prefeitura deixar de repassar esse convênio, a Santa Casa poderá ter que demitir aproximadamente 70% de seus funcionários.

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