31 de outubro | 2021

Estado pode rever plano sobre instalação dos sete pedágios na região de Rio Preto

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PROJETO PODE SER MAIS SIMPLES!
Privatização das rodovias que cortam Olímpia pode acontecer até o final de 2022.
Governador em exercício disse que governo pode reduzir o número de pedágio nas privatizações.


Não foi em Olímpia, onde esteve na quinta-feira, mas em Rio Preto, na quarta-feira, 27, que o presidente da Assembleia Legislativa de São Paulo, no exercício do cargo de governador, Carlão Piganatari (PSDB) disse que o programa de privatizações de rodovias da região com instalação de 07 novos pedágios na região, 03 no entorno de Olímpia, pode ser revisto.
O governador em exercício admitiu na quarta-feira, 27, que o Estado pode rever a instalação de praças de pedágio na região de Rio Preto previstas pelo programa de concessão do Estado.

A possibilidade de revisar a proposta dos dez novos pedágio no Estado – sete deles na região de Rio Preto e três somente no entorno de Olímpia – vem após audiências públicas na Capital e no Interior sobre o pacote de privatizações e pressões de prefeitos, contrários à proposta. O programa estadual prevê leilão no ano que vem e assinatura de contratos no final de 2022.

PIGNATARI ACREDITA EM NÚMERO INFERIOR DE PEDÁGIOS

A afirmação foi feita durante visita de Pignatari a Rio Preto, onde anunciou pacotes de investimentos para o município e cidades da região

Pignatari é o presidente da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) e fica à frente do Estado até 2 de novembro, durante licença do vice-governador Rodrigo Garcia e viagem do governador João Doria a Dubai.

Pignatari, que é do mesmo partido de Doria e de Rodrigo Garcia, afirmou, por fim, que o programa pode ser finalizado de forma “mais simples”, com número inferior de praças de pedágio.

CUNHA: INVESTIMENTOS ANTES

O prefeito Fernando Cunha participou no início da semana, em Barretos, de uma audiência pública que debateu o recente plano de privatizações de rodovias paulistas e defendeu a situação como sendo a única forma de a região obter os investimentos necessários para a modernização de suas rodovias, mas que os investimentos venham antes da cobrança dos pedágios.

Já o deputado federal Geninho Zuliani (DEM-SP) também participou e disse que, segundo orientou o vice-governador Rodrigo Garcia, essa modelagem é provisória (inclusive posições de pedágios) e que, ao logo das audiências públicas, ouvindo prefeitos e vereadores, por exemplo, poderá ter uma posição. “Seria fácil, como político, angariar a simpatia sendo logo contra, mesmo sabendo que nada é definitivo, e que investimentos necessários virão para nossa região, abandonada principalmente na questão das rodovias”, disse o parlamentar.

CUNHA: “ABANDONO DA REGIÃO É HISTÓRICO”

O prefeito Fernando Cunha defendeu a privatização, justificando que “a poupança pública acabou, não é mais possível esperar grandes investimentos só com os cofres públicos”, mas também disse que é o momento “de nós participarmos, exigirmos os investimentos necessários, e pedir para que o Estado não seja tão voraz ao ressarcir a concessionária, e que os pedágios possam esperar mais um pouco depois que vieram as duplicações e todas as melhorias”.

Fernando Cunha disse que o abandono da região “é histórico” e, por isso, o Estado tem uma dívida com a região. Ele entende que o modelo de concessão envolve o equilíbrio econômico-financeiro de todo o processo, mas que o Estado maximize os investimentos e devolva o que puder para municípios.

A CONCESSÃO DO LOTE NOROESTE

As concessões vão cortar 49 cidades, com previsão de investimentos de R$ 11,9 bilhões em 30 anos, prazo dos novos contratos. O pacote prevê a duplicação da rodovia Assis Chateaubriand (SP-425), na região de Olímpia e da Armando de Salles Oliveira, entre o município e Bebedouro. As novas concessões estão previstas para serem oficializadas final de 2022.

No entanto, no entorno de Olímpia seriam instaladas três praças de pedágio. Uma em Guapiaçu, outra na divisa do município e Barretos na Assis Chateaubriand e mais uma na Armando Salles nas proximidades do trevo de Cajobi.

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