22 de novembro | 2017

Diretor Clínico da Santa Casa discute na rádio Cidade situação da Saúde e das Santas Casas

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Da redação
O diretor clínico da Santa Casa de Misericórdia de Olímpia, o cirurgião Nil­ton Roberto Martines, participou na segunda-feira, 20, do programa Cidade em Destaque, pela rádio Cidade, 98,7 Mhz, quando comentou a ameaça da direção da Santa Casa de Bar­re­tos de proibir inter­na­­çõ­es seletivas – aquelas que não são de urgência ou e­mergência, a partir do próximo dia 1.º de dezembro. Ele foi à emissora no mesmo dia em que esteve presente o prefeito Fer­nando Augusto Cunha, pa­ra discutir a situação da saúde que, segundo o médico está cada vez mais preo­cupante.

O que motivou o médico olimpiense a discutir pelo rádio a situação da saúde não só local, mas no Brasil, foi a manifestação recente do provedor da Santa Casa de Barretos, Henrique Prata, sobre a situação do hospital de Barretos que estaria com um déficit mensal de R$ 2 milhões.

Prata, que também comanda o Hospital do Câncer naquela cidade, chegou a dizer que deverá adequar a Santa Casa à realidade da arrecadação e que não deverá mais receber pacientes das cidades da região que não colaborarem para cobrir os gastos.

O debate, no entanto, se aprofundou para a situação atual do SUS – Sistema Único de Saúde, cuja remuneração aos procedimentos médicos cobre apenas pequena parte dos gastos dos hospitais, sobre a situação das faculdades de medicina que estão despejando profissionais mal preparados no mercado, o que gera problemas principalmente nos atendimentos de urgência e emergência e sobre a situação de Olímpia.

Outra grande preocupação de Martines é que pessoas das regiões norte e nordeste vêm a Olímpia em busca de tratamento, porque lá onde residem não encontram as soluções necessárias, sobrecarregando o sistema de saúde local.

Isso, para o diretor clínico, é uma clara demonstração que, embora ruim, a situação de Olímpia pode ser considerada boa. “Dentro do ruim a situação de Olímpia é boa”, observou.

Outra questão abordada foi que, em razão das atuais dificuldades financeiras, grande parte das pessoas que possuíam planos de saúde, está migrando para o SUS. Por isso, defende a criação de uma “força política” para brigar por Olímpia.

Por outro lado, alerta para os problemas financeiros que atingem a Santa Casa de Olímpia, o único hospital da cidade e da microrregião. No caso de Olímpia, além de ressaltar que os médicos recebem mal, eles não recebem pelos serviços prestados desde de dezembro de 2016. São R$ 600 mil, segundo ele, que estão incluso na dívida total do hospital.

Por outro lado, junto com Fernando Cunha, informou que o hospital já ganhou um aparelho de tomografia computado­rizada de 22 canais e que, com a obtenção de ajuda financeira poderá ser implantado na Santa Casa um Centro de Urgência e Emergência.

 

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