17 de setembro | 2023
Um olhar a alfabetização
Cláudia Caetano
Com o objetivo de influenciar e fortalecer a alfabetização em todo o mundo, a Organização das Nações Unidas (ONU) e a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), instituíram, em 8 de setembro de 1967, o Dia Mundial da Alfabetização. Segundo a Constituição Federal, a Educação é um direito de todos os cidadãos brasileiros, e dever do Estado e da família. Por isso, de acordo com o Plano Nacional de Educação (PNE), até 2024 o Brasil deve erradicar o analfabetismo absoluto e reduzir em 50% a taxa de analfabetismo funcional. O plano também estabelece a meta de alfabetização de todas as crianças até o final do terceiro ano do Ensino Fundamental.
Mas o que significa “alfabetização”?
Trata-se do processo de aprendizagem onde se desenvolve as habilidades de ler e escrever de maneira adequada, além de utilizá-las como código de comunicação na sociedade. É uma das etapas mais importantes para a criança na Primeira Infância, onde a aprendizagem acontece por meio de brincadeiras e outras atividades lúdicas.
A habilidade de saber ler e escrever pode mudar o futuro de uma criança e é um dos primeiros passos para que ela possa ter um desenvolvimento pleno e saudável, além de ser essencial para novas oportunidades ao longo da vida, seja no âmbito cultural, de lazer e, até mesmo, no mercado de trabalho, com melhoria da qualidade de vida.
A importância dos professores e das escolas no processo.
Cada criança é única. Consequentemente, são educadas de maneiras diferentes e possuem vivências singulares, através de sua convivência familiar ou da socialização em outros espaços de convivência.
Com a tecnologia presente de forma cada vez mais intensa e precoce, as crianças passaram a ter múltiplas ferramentas para aprender. No entanto, a escola e os professores permanecem com um papel central no aprendizado e na alfabetização das crianças. E para isso, além do conhecimento, é importante que tenham empatia, entendendo que o aprendizado acontece por meio de diferentes fatores, como a socialização com outras crianças, relação da criança com a iniciação na leitura, entre outros.
De acordo com Luiz Carlos Cagliari, em seu livro A mediação do professor na alfabetização, “quanto mais ciente estiver o professor de como se dá o processo de aquisição de conhecimento, de como a criança se situa em termos de desenvolvimento emocional, de como vem evoluindo o seu processo de interação social, da natureza da realidade linguística envolvida no momento em que está acontecendo a alfabetização, mais condições terá esse professor de encaminhar de forma agradável e produtiva o processo de aprendizagem, sem os sofrimentos habituais”.
Cláudia Caetano – Psicopedagoga Clínica
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