09 de setembro | 2012

Sinais de trovoada no horizonte

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Do Conselho Editorial

Não é preciso ser expert em política para concluir que este aspecto de calmaria e civilidade que paira nas discussões eleitorais, lembra bem a lenda do Lago Ness, cujas águas aparentemente tranquilas abrigam a figura de um monstro pré-histórico, carinhosamente chamado de Nessie.

A qualquer momento pode emergir o monstro da lagoa e o incidente envolvendo o automóvel do presidente da Associação dos Funcionários Públicos, Antonio Delomodarme, o Niquinha, se não tem a ver com questões eleitorais, pelo menos aumentou a tensão tão comum nas retas finais de campanha.

O episódio soou estranho pelo seu final já que os assaltantes demonstraram uma fúria acima do normal destruindo praticamente o automóvel e desferindo vários tiros no para-brisas como se estivessem com ódio de alguma coisa e estivessem descontando na máquina.

Não cabe aqui análises que se perderiam em divagações que não teriam nenhuma base sólida para se sustentar, já que só se saberá o que ocorreu, ou não, se forem presos os autores da ação, e mesmo assim se eles revelarem o motivo de tanta fúria.

No entanto, há que se destacar a vontade de distorção dos fatos e o desejo de intrigar a população expressa pelo blogueiro artificial, que vem insinuando no facebook ameaças cuja direção, se não é clara, pelo menos deixa indícios do incomodo que a candidatura defendida pelo Presidente da Associação deixa nos círculos próximos do poder.

De índole muito próxima do progenitor, já teve seus entreveros com o escrevedor semioficial, incidente que causou ao escriba, segundo se comenta, além de problemas de ordem física, ressentimentos visíveis no tratamento que dispensa a matérias, geralmente tendenciosas, ou exageradas, que envolva o presidente.

Desta vez dando as cores fortes e matizes de costume, politizou pelos exageros um incidente que é policial, a princípio, se há ou não outras situações ocultas somente uma investigação poderá mostrar.

O que se tem no entanto, de real, foi um assalto a um carro adesivado, em que os marginais perdendo a direção acabaram por chocar-se contra uma arvore, após o incidente retiraram peças do carro e presume-se, aborrecidos com o acidente dispararam alguns tiros no veiculo.

Esta seria uma versão normal para um fato sem muitas explicações, só que as lendas urbanas nascem como a Nessie do Lago Ness, da imaginação das pessoas que, como o blogueiro, conseguem ver conspiração até onde pode ser que não haja.

Lógico que a situação ganhou contornos políticos para alguns, com várias versões entre pessoas divididas, as que defendem a teoria favorável ao presidente e a filha, e outra que, como não poderia deixar de ser, endossa as costumeiras avaliações oficiais onde todos os inimigos do rei tem tantos inimigos que tudo de ruim é possível que lhes aconteça.

Não se pode deixar de imaginar que, todas estas maldades, se ocorrem, derivam apenas da maldade intrínseca de quem não gosta do senso humanitário dos que mandam, pois jamais passou pelo senso de justiça de cada um destes generosos senhores pelo menos o desejo de que os que se opõem ao seu reino de maravilhas possa sofrer uma espetadela que seja de um diamante negro.

As indicações, a partir deste pequeno acidente que ficaria isolado, se noticiado com isenção e sem amargura ou ódio a lhe conferir características políticas é que a pressão tende a subir, e subindo desce algo chamado nível da campanha.

Quem viver e sobreviver verá.

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