05 de outubro | 2018

Hora de votar

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Do Conselho Editorial

Sete de outubro, chegando dia de grandes decisões que podem mudar o destino do Estado ou da nação, dependendo do resultado.

Como existe a possibilidade de dois turnos, em alguns Estados os eleitores resolverão a eleição em primeiro turno e outros não.

Da mesma forma, a candidatura à presidência da república, se consideradas as pesquisas de opinião divulgadas pela grande mídia, poderá se arrastar para o segundo turno e poderá ser disputada, se não houver surpresas, entre as chapas de Jair Bolsonaro e Mourão e Haddad e Manuela.

São vários os que disputam esta que talvez passe para a história como a mais controvertida de todos os tempos, a que mais se inventou mentiras e inverdades e ainda continua se inventando.

Para se ter uma pequena noção de como esta eleição foi atípica, pela primeira vez na história do país, personalidades gravaram vídeos informando, que falas com imitações de suas vozes dando conta de que apoiavam determinadas candidaturas eram mentirosas.

Entre os que gravaram pode se citar o caso de Padre Marcelo Rossi, que se recuperando de uma depressão profunda, implorou a seus seguidores, que espalhassem o vídeo com o desmentido do fake news, que dava conta de que apoiava uma candidatura.

Antonio Fagundes, Datena, Arnaldo Jabour e muitos outros tiveram que sair de sua zona de conforto para também desmentir apoio as candidaturas.

O cem números de fakes news, que derrubaram páginas do Facebook, empresários ameaçando funcionários com perda de emprego, igrejas fazendo campanha ao arrepio da lei e muita ilegalidade do ponto de vista eleitoral, além de truculência e violência explícita, foi o que predominou no primeiro turno.

A situação perdeu o controle de tal maneira, que pela primeira vez na história do Brasil, uma pessoa com problemas psiquiátricos, de acordo com laudo da PF, ligado a igreja evangélica ou uma de suas denominações, atentou contra a vida de um candidato.

Em caminhando a eleição para ser decidida em segundo turno, no plano presidencial, a expectativa, de acordo com análise de quem tem equilíbrio e bom senso, é de que o clima de animosidade se amplie e que, dependendo da possibilidade de resultado, se obre o nível de mentira e de ódio.

É preciso pacificar o país, porém qualquer um com um pouco de neurônios desconfia que o Brasil que brotou nestas eleições era desconhecido dos brasileiros.

Brotou um monstro do lago com características extremamente fortes de fundamentalista com desejo de destroçar direitos, que foram conquistas tão caras, que não percebeu a lição que a última eleição deveria ter deixado.

Estamos em parte neste açodamento, exatamente por ter sido contestada a última eleição e o que se vê hoje em discussão é a mesma tendência de contestação do resultado eleitoral, nada mais significativo de que o que está à beira do abismo conhecerá o precipício.

Sete de outubro, que cada um faça seu dever de casa, cumpra seu papel de cidadão, consciente de que este país não é de maneira alguma o país que alguém civilizado escolheria para morar, portanto, é missão e obrigação de cada cidadão que faça com que volte a ser.

 

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