12 de maio | 2019

Câmara, um circo sempre com novos e apimentados espetáculos

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Do Conselho Editorial

Os que vivem por aí proclamando que a utilidade da Câmara é zero, que a utilidade da função dos vereadores, na sua maioria é inexistente ou pífia, não valorizam espetáculos circenses mambembes.

Se valorizassem interpretariam que naquele espaço, a cada sessão, ocorrem situações que o maior e o melhor de todos os bufões poderiam imaginar para agradar o rei.

Bufão, em seu significado, tem dois aspectos que cabem na discussão: o personagem da farsa, que faz rir com esgares e momices de forma grotesca e que os reis mantinham a seu lado para os divertirem, em termos gerais o bobo da corte, ou pessoa muito divertida, engraçada, que faz palhaçadas.

O outro significado seria o de quem se vangloria ou se orgulha demasiadamente de suas próprias qualidades e feitos; o que é fanfarrão, jactancioso.

A princípio fica a sensação de que no Legislativo local, em que pesem as exceções, a impressão que fica a alguns é a de que as duas categorias estão contempladas.

Parece que há uma ala cuja disposição é agradar o rei ou o ex rei em todos os sentidos, não se poupando de absurdos, me­dio­­cridades, insignificâncias, surrealismos e boa dose de oportunismo para agradar ao monarca de plantão.

Acontecem manifestações naquele espaço que deveriam ser para legislar que muito profissional de “stand up” de humor grosseiro não imaginaria em seus espetáculos nas “risadarias” pelo país afora.

Não perdem, no entanto, que é a segunda parte da bufonaria, de, no meio do espetáculo “nonsense” que muitas vezes patrocinam, a oportunidade de se lamberem como gatas após o parto e rasgam sedas a si mesmo como se fossem a última bola­chinha do pacote, quando a maioria sabe que não são.

A falta de noção do espaço público que ocupam, do alto salário que recebem por isto, da responsabilidade social que lhes foi conferida é absurda quando vista pela ótica das ações reprováveis que patrocinam naquela casa que deveria ser um exemplo de decência, moral e ética.

Falar dos últimos e apimentados acontecimentos é promover a baixaria que por demais repetidas parece ter passado a condição de situação permanente na que deveria ser a casa da criação de leis e normas de condutas e fiscaliza­dora das ações dos atos do Executivo.

Preocupados, ao que parece e demonstra uma parcela dos vereadores, com disputas de baixo nível e discussões apropriadas a embriagados em botecos, não criam leis e nem fiscalizam o Executivo.

É vergonhoso uma cidade pagar o preço em moeda sonante e em papel para os que deveriam representar os direitos da população representar papéis tão ridículos e patéticos ao ponto de alguns não valerem uma moeda furada pelo desserviço que prestam – entendam “não prestam” – à comunidade.

Por mais apimentado que tenham sido os debates, o destino deles deveria ser a lata do lixo e não as tribunas e os corredores do Legis­lativo; palhaçada é pouco para definir tanta baixaria onde deveria reinar princípios e seriedade.

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