30 de março | 2024

A quem interessa a aprovação do inútil Conselho LGBTQI+?

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Agora, se a comunidade não tem como escolher melhor, escolheu aquilo que a representa, portanto, quem rejeitou o inútil conselho LGBTQI+ foi a população, o povo de Olímpia. Não adianta o Aspone Kaka apontar a metralhadora da assessora do gabinete fantasma para disparar tiro, porrada e bomba.

 

José Antônio Arantes

Os fatos ocorridos na última sessão do legislativo local, na segunda-feira, 25, trazem à tona a discussão de uma situação que coloca em choque dois conceitos inalienáveis no Estado Democrático de Direito, mesmo sendo em razão de uma situação inócua e oportunista de uma assessora de gabinete do prefeito na rodoviária que parece dominar a comunidade LGBTQI+.

O primeiro direito é a liberdade de expressão e de consciência para votação dos vereadores do legislativo local. E o segundo, o de se proteger os interesses e abrir espaço para as minorias.

Dos 10 vereadores da Câmara local, na última sessão do legislativo, 6 votaram contra a criação de um Conselho Municipal de Defesa dos direitos de tal comunidade.

Os motivos de cada um não foram declarados no decorrer da sessão, então, cabe aqui uma interpretação dos fatos para se entender se houve ou não lisura nesta tomada de posição em bloco.

A comunidade LGBTQI+, ao que parece, liderada pela ex-vereadora cassada, Alessandra Bueno, esperneou e esbravejou de todos os lados, mas não teve jeito e, pelo jeito, não terá, pelo menos nessa legislatura.

Toda a tempestade, no entanto, em cima de uma coisa que não funciona. Um conselho que, como todos os outros, terá apenas o condão de carimbar as decisões do prefeito da época.

Nestes dois últimos mandatos, por exemplo, não se tem notícia de nenhuma decisão, ou participação decisiva de qualquer dos vários conselhos que teoricamente existem, mas que na prática, como a câmara, parecem apenas carimbar os desejos do atual mandatário.

No entanto, ano político, assessora de gabinete que trabalha num gabinete inexistente, pois o atual prefeito poucas vezes deve ter ido até a rodoviária onde a cidadã é lotada, se é que conhece as suas repartições, tem que agitar a situação, seja para desviar a atenção do desgoverno que se instalou principalmente nos últimos dois anos, seja para arranhar a imagem dos oponentes, já que a maioria dos vereadores que votaram contra mostram estar ao lado do pré-candidato e ex-prefeito Geninho Zuliani.

A verdade é que todo o estardalhaço em cima de algo que não funciona e mesmo querer colocar que os vereadores são obrigados a votar nas minorias, é pelo menos questionável, mesmo vindo de quem não tem conhecimento da legislação e da seara política.

Que as minorias têm o direito de lutar por participação principalmente nas decisões dos poderes executivo e legislativo quando o assunto é de seu interesse, é inquestionável. Mas querer impor a aprovação de conselho que não aconselha nada, na marra, no tiro, pedrada e bomba, não existe. É coisa de “coroné”. É tática de ditador e não de minoria.

O entendimento é o de que o vereador não é obrigado a votar naquilo que não tem convencimento de que seja o certo. No presente caso, pelo menos metade dos que recusaram o projeto, devem ter se atido ao fato de, realmente, ser uma ingerência da ex-vereadora cassada, hoje chefe de um gabinete fantasma na rodoviária.

Para estes, com certeza, deve ter ficado claro que seria mais uma estratégia de politicagem do hoje braço direito do “Nandão”, o “Aspone Kaka”, que consta ser o capataz que direciona a metralhadora da assessora do gabinete fantasma.

Então, não tem nada a ver com direito de minorias. Mas sim com politicagem barata levada a efeito por aqueles que querem dominar através de armadilhas e mentiras que precisam ser repetidas várias vezes para se tornarem verdades.

Pelo menos três dos votantes, também votaram por questões de formação moral e religiosa. Pois são contra o comportamento e as consequências morais de se liberar costumes destas minorias.

E pelo andar da carruagem, ao que tudo indica, não existe possibilidade no atual quadro de vereadores, que o inútil conselho venha a ser aprovado na Câmara local, pois praticamente a metade dos legisladores tem formação religiosa e, existe ainda, os que, mesmo fora da religião, também não aceitam o tal movimento.

Se os vereadores votaram bem ou mal, recusando o tal do Conselho, foram eleitos para isso, da mesma forma que carimbaram um monte de legislação que foi imposta goela abaixo pelo Coronel.

Certos ou errados, foram escolhidos pelo povo para representá-los e não enganaram ninguém, pois quando votaram sabiam de suas ligações e tendências.

Ademais não cometeram nenhum crime, apenas cumpriram sua obrigação. Agora, se a comunidade não tem como escolher melhor, escolheu aquilo que a representa, portanto, quem rejeitou o inútil conselho LGBTQI+ foi a população, o povo de Olímpia.

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