22 de dezembro | 2019

Zanolli elege Saúde como mais importante e acredita que não poderia ter tido uso político

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ENTREVISTAS NA CIDADE!         “Quando você
pega o abandono que acontece nos bairros, dói na alma”.

“A gente sempre pautou a nossa política por algo honesto, por algo ético”.

 

O pré-candidato a prefeito de Olímpia, Willian Zanolli, do PT, foi o terceiro entrevistado pela rádio Cidade, no programa “Cidade em Destaque”, que vai ao ar de segunda a sexta-feira, pelos 98,7 Mhz e também pelo Yotube e Facebook.

Ele esteve nos estúdios da rádio na quinta-feira, 19 e, entre outras coisas classificou como de suma importância a área da saúde e disse acreditar que este setor não poderia ter sido entregue para políticos administrarem.

Zanolli começou sua entrevista explicando os motivos que o levaram a colocar o seu nome para representar o partido. “Durante muitos anos, tive a oportunidade aqui na Folha da Região de discutir a cidade de Olímpia em todos os aspectos –  educação, emprego, cultura, saúde e chegou o momento que entendi ser a hora de passar para o plano da realidade tudo aquilo que nós vimos em relação a cidade, as dificuldades que ela vive. E como outras pessoas que reputo poderiam sair que eu as apoiaria, mas estas não demonstraram esta pretensão, eu coloquei o meu nome à disposição do partido”.

LEGADO DO PT

E continuou: “Eu coloquei o meu nome para defender o legado do PT, porque vejo que é um legado social, que houve um trabalho bastante fecundo na habitação, no Minha Casa, Minha Vida; no Fies, na educação, no Prouni e tantos outros que há por aí. Então, a gente entendeu que deveria defender esse legado e juntei todas as somatórias das minhas experiências e viu que esse era o nosso momento discutir a cidade que vive uma situação de muita contradição política, além do divisionismo que toma conta da cidade”.

“A gente trabalhou inúmeras candidaturas – complementa – e quando você vai trabalhar alguma candidatura, você vai conversar diretamente com a população, você acaba indo de encontro às necessidades da população e você vai coletando isso, cultivando isso, memorizando também”.

Ainda explicando a sua pré-candidatura, Willian afirmou: “Ao longo desses anos todos, com várias candidaturas, nós nunca respondemos um processo em razão de termos burlado a lei, cometido alguma ilicitude eleitoral. A gente sempre pautou a nossa política por algo honesto, por algo ético. Agora, com esse conhecimento derivado do Direito, a gente acaba meio que sendo um referencial no cumprimento da lei”. 

CIDADE ESTÁ COM OS BAIRROS ABANDONADOS

Sobre a situação atual da cidade, Zanolli destacou o abandono dos bairros: “Quando você pega o abandono que acontece na Santa Fé, quando você pega o abandono que está destinado às pessoas ali da Santa Ifigênia ou da Vila São José, dói na alma. Por quê? Porque elas estão carentes de quase tudo, porque o prefeito joga um foco no turismo e, infelizmente, deixou no abandono a população mais carente e é isso que nós temos que nos preocupar. Por quê? Porque aquelas pessoas, elas têm uma renda muito baixa e aí não vive com o mínimo de dignidade oferecida pelo poder público quando ela é dependente da saúde, quando ela é dependente da educação, quando ela é dependente do trabalho. Então, é uma dificuldade que nós temos que superar, essa relação que tem a ver entre o poder público e a população mais carente, porque ela também é parte da cidade. Aí quando o prefeito se fecha em uma redoma e vai atender os interesses do grupo dele, não vai encontrar eco na periferia, no subúrbio, que é o que está acontecendo atualmente. Há uma queixa muito elevada, principalmente no atendimento a saúde, que é um atendimento prioritário, na periferia, no subúrbio – a gente percebe isso”, contou. 

E complementou: “A saúde é um negócio tão caro ao cidadão que pode conduzir à morte. Essa que é a grande questão, ali é que tá a grande preocupação do administrador. O administrador teria que se preocupar em não transformar em uma questão político-partidária. Quando ele entrega isso nas mãos daquele que não tem competência, que não tem responsabilidade social, que não se preocupa com o todo, que não entende que o ser humano não é carne verde, vai ocorrer coisas sinistras e cruéis como ocorreram mortes”. 

SAÚDE NÃO PODE SER USADA POLITICAMENTE

Sobre o fato de a Saúde estar nas mãos de ex-petistas e outros cargos de mando do governo atual também terem membros do partido, Zanolli foi enfático: Há homens e homens, há histórias e histórias, há mitos e mitos. Eu me chamo Willian Antônio Zanolli e não comungo com o erro porque o erro é individual, é particular, não é coletivo. Se alguém errou, esse alguém tem que pagar pelo erro. Inclusive, o grande mal do homem público no Brasil é exatamente ficar blindando aqueles que não deveriam estar no serviço público e sim no lugar que lhes é devido: pagando pena em uma penitenciaria. Porque é um absurdo que o dinheiro público seja desviado de saúde, de educação, que é primordial para as crianças. Você deixa uma pessoa sem estudo, você deixa ela cega até para enxergar ela mesmo, porque ela não vai conseguir falar consigo mesmo, porque ela não vai ter respostas sociais de compreensão da sociedade. O homem público, ele tem que gestar num sentido de que as coisas melhorem para as pessoas. Se ele está ou não filiado ao meu partido, isso pouco importa, o que importa é se eu comungo com aquele erro, se eu pactuo ou se vou escolher aquele erro”.

Especificamente sobre a Saúde, ressalta: “Estive aqui várias vezes no seu programa e não me senti nem um pouquinho constrangido em dizer que eu acho que o setor de saúde tem sido conduzido de forma questionável, de forma que tenha que ter uma mudança. É impossível que tanta gente estava reclamando de algo que esteja dando certo”.

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