O que sempre é negado pela direção do hospital, mas sempre apregoado que seria praticado por terceiros, acabou vindo à tona durante a sessão ordinária realizada pela Câmara Municipal de Olímpia na segunda-feira, dia 3. O fato é que os vereadores condenaram a Santa Casa a continuar sobrevivendo sob o jugo da política local.
 

A essa conclusão se pode chegar ao ouvir as justificativas do líder da bancada que presta apoio irrestrito ao prefeito Eugênio José Zuliani, vereador Luiz Antônio Moreira Salata, para o arquivamento de uma emenda ao orçamento que destinaria mais de um milhão de reais ao hospital.
 

“Eu falo com tranquilidade. Sou um vereador que durante esses três anos viabilizou R$ 300 mil”, afirmou inicialmente. Ele disse ainda que o prefeito tem competência de suplementar os recursos ao hospital “se forem necessários (sic)”.
 

Mas depois acrescentou: “Nós precisamos de uma conjunção de esforços para manter a Santa Casa. Quem sabe se cada vereador conseguisse R$ 100 mil com seu deputado, a gente solucionaria bastante essa questão (dificuldades financeiras da Santa Casa)”.
 

Por outro lado, defendeu que a UPA é suficiente para atender o setor de pronto socorro, principalmente e que por isso todos os investimentos devem ser direcionados a ela.
 

Porém, reconhece que ainda há falhas e muitas. “Tenho que a UPA vem melhorando a cada dia esse serviço e pronto atendimento”, avaliou o serviço que vem sendo prestado.
 

A manifestação de Salata foi em resposta a uma indagação feita pelo vereador Hilário Juliano Ruiz de Oliveira, um dos autores da emenda que destinaria mais recursos financeiros à Santa Casa, mas que foi rejeitada e arquivada pela Comissão de Finanças e Orçamento e nem chegou a ser discutida em plenário.
 

MARIONETES OFICIAIS
Uma situação que o levou a reclamar do jugo ao prefeito que a própria Câmara Municipal tem sido exposta. “Infelizmente nós continuamos uma câmara submissa aos interesses do prefeito Geninho, a sua maioria (de vereadores) pelo menos”. Depois afirmou que se a emenda fosse aprovada, no próximo ano provavelmente não seriam necessárias tantas suplementações de verbas como teve em 2012.
Já sobre a atuação de vereadores no sentido de obter recursos com os seus deputados, conforme foi sugerido mais uma vez depois por Salata, diz que é uma ação ineficiente. “É só para tirar do caos que a Santa Casa vive hoje”, reclamou.