07 de dezembro | 2009

Variadas formas de sexo abrem portas para doenças

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As variadas formas de manter relações sexuais, embora mile­na­res, mas atualmente mais difundidas na mídia de forma geral, as formas de sexo oral e anal são portas importantes para a transmissão de Doenças Sexualmente Trans­­missíveis (DST). Até mesmo a AIDS, em português SIDA (Sín­drome da Imuno Deficiência Adquirida), pode ser contraída através do sexo oral e, principalmente pela forma anal.

O recado é do ginecologista João Wilton Minari. “São formas de ter prazer e não existe nada de errado em não se fazer desde que o casal goste e sinta vontade em fazer isso. Mas tanto o oral, quanto o anal, transmitem doenças”, avisa.

No caso do sexo oral, por e­­­­­­­x­e­­m­plo, Minari explica que através do espermatozóide a mulher pode adquirir o vírus da Aids e o homem também, através da secreção vaginal, pode contrair uma DST qualquer ou mesmo a Aids.

“Ninguém está protegido quan­do se está fazendo um sexo oral. E no sexo anal, a mucosa anal é a que mais transmite as doenças sexualmente trans­mis­síveis. É mais fácil (sexo anal) de se pegar uma Aids do que no sexo vaginal”, acrescenta.

“A mucosa anal, explica Minari, é muito mais permeável para passagem do vírus. É uma mucosa que facilita a absorção. A mucosa intestinal é a que absorve alimentos quando você come, absorve água, é uma mucosa feita para absorver com mais facilidade”.

A pessoa deve pensar sempre, principalmente o jovem deve pensar muito, em relação a iniciar uma vida sexual e quando iniciar, deve procurar alguém que oriente, e de preferência que seja um ginecologista, porque antes a prevenção, prevenir é a base de tudo, é melhor você prevenir porque depois é tarde, não adianta você chegar a procurar um médico ginecologista e falar; – Agora estou grávida. O que eu faço? Eu digo; – Pré-natal. Agora estou com Aids. O que eu faço? Eu digo; – Agora espera para morre.

Então não adianta esperar para essa hora, é melhor chegar e dizer; – Eu vou começar a ter relação. O que eu deve fazer? O que eu devo tomar? Como eu devo agir? Eu tenho um parceiro só, eu tenho dez parceiros, e para cada caso é um caso que vai ser orientado de acordo com o que vai ocorrer.

Trocas de carinhos

O urologista Luiz Fernando Vicente explica que a atividade sexual envolve “uma dimensão muito grande” (sic) em relação às formas de trocas de carinho entre um homem e uma mulher e cada um desenvolve suas atividades sexuais na maneira que julgar melhor, mas reunindo seus conhecimentos e experiências.

“O fato é que temos que ter em mente que determinadas atividades favorecem, com maior facilidade, a ocorrência de algumas doenças, lembrando que o canal anal não é um órgão que foi criado fisiologicamente para a atividade sexual”, avisa.

Mas se um casal pratica esse tipo de atividade sexual deve adotar alguns cuidados específicos, entre eles o próprio uso de preservativo. “Porque o reto é um órgão colonizado por bactérias. Então, a probabilidade de um homem adquirir uma infecção a partir de um ato sexual anal é muito grande, assim como a transmissão para a mulher através de micros tra­u­matismos que podem ocorrer no canal anal da mulher”, reforça.

Pais e filhos

Esse também é um assunto, de acordo com a psicóloga Rejane Bronhara Puttini, que deve ser tratado também pelos pais quando os filhos ainda estão em fase de adolescentes. “Os pais, nesse caso, têm que saber conversar bastante com os filhos, porque também pode trazer conseqüências de doenças”, justifica.

Puttini considera que não “é porque não aconteceu o ato em si que não vai acontecer nada e muitas vezes pode estar passando em cima de etapas que seriam normais de acontecerem. Precisa ver se esse adolescente está pronto para isso e não trazer conseqüências”.

Uma das conseqüências seria orgânica já que a menina poderia modificar o ciclo menstrual, por causa da tensão, nervos e ter gastrite, por exemplo. Já o menino “pode ficar muito tímido, retraído e começar a se fechar fisicamente. Tem que olhar para aquele adolescente e ver que o corpo deles fala por eles”.

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