CASSA OU NÃO A VOZ DO POVO NA CÂMARA? 
Mudanças miram acabar com o referendo para privatizar o Daemo.
Vereadoras também são cogitadas para assumirem a Secretaria de Assistência Social, Edna Marques ou Cristina Reale

DA REDAÇÃO COM ESPAÇO LIVRE
A Câmara de Vereadores da Estância Turística de Olímpia volta do recesso na próxima segunda-feira, dia 7 de fevereiro, depois de quase 60 dias sem sessões ordinárias. Neste período foram realizadas três sessões extraordinárias, nos dias 17 de dezembro, 17 e 21 de janeiro.

A Casa de Leis retoma os trabalhos com a mudança em uma de suas cadeiras, pelo menos inicialmente. O prefeito Fernando Augusto Cunha vai sacar o vereador Lisse Júnior para a Secretaria de Segurança, Trânsito e Mobilidade Urbana, que já foi criada. No lugar do vereador entra o suplente João Luiz Stellari, também do PSD, advogado, que assume cadeira enquanto suplente pela segunda vez em sua história política.

Seguindo o trâmite regimental, o vereador deve se licenciar do cargo e a Mesa dar posse ao suplente, já na primeira sessão de retorno, na segunda-feira.

TROCA NA ASSISTÊNCIA SOCIAL?

Esta, no entanto, pode não ser a única cadeira a ter um novo titular. Há especulações de mudanças na pasta de Assistência Social, e na Casa de Leis há duas vereadoras com currículos que as credenciam a ocupar a vaga: Edna Marques, do DEM, e Cristina Reale, do PSD. Pode ser que uma delas deixe também a cadeira de legisladora. Mas tudo são ainda especulações.

Também existe a questão da cassação ou não do mandato da vereadora tucana Alessandra Bueno, segundo as acusações por quebra de decoro parlamentar.

CASSAÇÃO VAI SER DISCUTIDA

A denúncia encaminhada à Câmara pela presidência da subseção da Ordem dos Advogados do Brasil foi aceita pelo presidente José Roberto Pimenta, o Zé Kokão, que agora convocará uma Comissão para avaliar a denúncia e abrir ou não um processo de cassação do mandato.

Confirmando a cassação, no lugar de Bueno assumiria o primeiro suplente de vereador do PSDB, Marcelo da Branca (foto acima).

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OBJETIVO É ACABAR COM O REFERENDO

O jornalista José Antônio Arantes, em seu programa Cidade em Destaque, pela rádio Cidade, ao comentar o fato fez a ligação deste com a votação do fim do referendo popular que abriria a possibilidade direta de privatização da autarquia, sem necessitar de consulta popular.

Ele alega que tanto Hélio Lisse, como a vereador Edna Marques e a vereadora Alessandra Bueno se mostraram reticentes à revogação do mecanismo democrático de consulta popular e toda essa movimentação teria o objetivo maior de caminhar para a aprovação da privatização.

Ele perguntou: “Será que para que isso se materialize vão cassar a única voz direta do povo na Câmara, a vereadora Alessandra Bueno? O legislativo corre o risco de virar carimbador maluco do prefeito, uma mera figura decorativa para dar títulos como já vem fazendo da mulher destaque, do atirador mais “bombado” e por aí afora e também servir como um grande “cabidão” de empregos do sistema.