18 de janeiro | 2009

Testemunha alega que fogo no “travesti” foi acidental

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Em depoimento prestado no 1º Distrito Policial de Olímpia, Renato Torres, vulgo “Natacha”, arrolado como testemunha, afirmou que foi acidental o fogo que atingiu, o também travesti, A.S.S., de 17 anos, na noite de 29 de dezembro.

No entanto, a vítima, ouvida no hospital “Padre Albino”, em Catanduva, onde continua internada, reafirmou que três rapazes tentaram lhe matar, jogando álcool e ateando fogo em seu corpo.

No depoimento prestado esta semana, a testemunha “Natacha”, afirma que na noite do acontecido estava junto com a vítima e que estavam em um terreno que fica às margens da avenida Adhemar Pereira de Barros, onde iriam fumar crack.

Conta que no local eles guardavam um frasco com álcool para acender fogueiras e quando foram colocar fogo na “marica” (cachimbo artesanal), acidentalmente, as chamas atingiram o frasco com álcool que explodiu, atingindo a saia que era utilizada pela vítima, tendo o fogo se alastrado pelo seu corpo.

Com esta nova versão, os investigadores do 1º Distrito Policial foram até Catanduva, onde a vítima continua internada, para ouvi-lo novamente. No entanto, a vítima, que mostrava lucidez, reafirmou que, na verdade, três rapazes tentaram lhe matar, jogando álcool e atendo fogo em seu corpo. O motivo seria vingança, pelo fato dele ter sido testemunha contra outros dois travestis que foram presos em flagrante acusados de roubo.

A mãe da vítima, afirmou, sem citar nomes, em entrevista a rádio Difusora, que esta testemunha que apresentou esta versão, cerca de um mês, também estava junto quando seu filho, foi atingido por fogo, no mesmo local. Mas, naquela oportunidade as queimaduras foram apenas em um dos braços da vítima, que não quis registrar ocorrência.

A mãe da vítima contou que seu filho disse que foram três rapazes que o agarraram e, propositalmente, atearam álcool e fogo no seu corpo. Afirma a mãe, ele sofreu queimaduras em 80 % do corpo e deve permanecer, pelo menos, mais 15 dias internado. Por outro lado, a polícia tenta localizar para ouvir um tal de “Cachorrão”, mas ele não atendeu a duas intimações.

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