03 de março | 2020

É preciso vacinar contra o HPV

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O HPV está aí, rondando a nossa vida. Trata-se de um vírus que ataca silenciosamente e o único remédio contra ele é a vacina, além de atentar para alguns hábitos de higiene. O HPV faz suas vítimas entre as mulheres e os homens também, no entanto ele é apontado como possível causador de câncer de colo de útero. É um vírus poderoso que infecta a pele e as mucosas, podendo causar verrugas ou lesões percursoras de câncer, não somente de colo de útero, mas também câncer de garganta ou de ânus. O seu nome é uma sigla inglesa para “Papiloma Vírus Humano” e tem vários tipos que causam lesões em diferentes partes do corpo.

Quando o vírus se instala no organismo, ele pode permanecer incubado durante um ano inteiro, ou até mesmo permanecer inativo indefinidamente, mas mesmo inativo vai contaminando por onde passa.  No caso do vírus incubado, às vezes, basta acontecer uma deficiência imunológica e o HPV se manifesta, sendo que é impossível determinar quando a pessoa foi infectada. Quando os sintomas do HPV aparecem é fundamental que a pessoa infectada e seu parceiro, ou sua parceira, façam o tratamento ao mesmo tempo. A contaminação por HPV é classificada como DST – Doença Sexualmente Transmissível – é entre essas doenças, é considerada muito grave.

O primeiro sinal da manifestação do HPV é o aparecimento de verrugas e é preciso buscar ajuda médica imediata. O tratamento pode ser longo porque as lesões são resistentes, no entanto não há motivo para pânico porque existe tratamento para o vírus.

Bom, se tratando de DST, algumas medidas são indispensáveis para fugir dele. O bom é evitar vários parceiros ou parceiras e SEMPRE usar camisinha. A arma mais eficiente é a vacina, recomendada para jovens entre 9 e 26 anos; são três doses e o ideal é que fossem tomadas antes mesmo da iniciação sexual, quando ainda não houve contato com o vírus. A eficácia da vacina é alta, em 95% a vacina tem sucesso no combate aos principais causadores do câncer e, no caso da vacina quadrivalente, protege também contra os vírus que provocam verruga genital. Sim, tem outro vírus, o HSV que causa a herpes genital e é diferente do HPV, mas que também pode ser combatido com a vacina quadrivalente contra o HPV.

Infelizmente, a questão de aplicar a vacina em meninas a partir dos 9 anos ainda gera dúvida e desconfiança em algumas famílias. Mas, é preciso combater o preconceito. Os pediatras orientam que sejam vacinadas porque prevenção não tem idade e quando adultas essas meninas certamente agradecerão por esse cuidado que tiveram com elas em sua fase infantil.

Ainda sobre prevenção, as mulheres devem ter uma rotina de visitas ao ginecologista para exames preventivos e tomar a vacina não exclui a necessidade de tais exames. O Papanicolau é um exame bem popular; ele não consegue detectar o vírus, mas verifica se existem alterações celulares e isso é um dos caminhos para se detectar a contaminação pelo HPV ou HSV. A Colposcopia é feita com um aparelho chamado colposcópio que amplia até 20 vezes as imagens da vagina, da vulva, do colo do útero e do ânus; o médico aplicar líquido reagente na mucosa a fim de detectar lesões. No caso dos homens, o exame correspondente é a peniscopia.  Quando os métodos anteriores acusam alguma alteração, é realizada a biópsia – retira-se uma pequena amostra do tecido suspeito que é analisado no microscópio.

O tratamento deve ser iniciado imediatamente.

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