03 de março | 2013

Soldador se apresenta e confessa ter matado churrasqueiro

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Quatro dias depois de matar com um golpe de faca no peito o churrasqueiro Walmir Porfírio da Silva, de 38 anos, morador em Baguaçu, o soldador Elias Alexandre Ribeiro, de 33 anos, residente em Severínia, se apresentou na delegacia de polícia de Olímpia na tarde de quinta-feira.

Ele confessou ter praticado o homicídio e depois de ter prestado o depoimento foi colocado em liberdade. Agora, o delegado Mar­celo Pupo de Paulo, que preside o inquérito policial, ainda vai decidir se requisitará a prisão preventiva ou não.

O acusado, Elias Ribeiro, prestou as declarações acompanhado do advogado Aparecido de Souza e Silva, de São Joaquim da Barra, cidade onde o soldador residiu até recentemente, antes de se mudar para Severínia.

Ele contou que no domingo, dia do crime, estava com sua tia Nilma, na “Lanchonete da Selma”, onde pretendia comer frango. Em determinado momento, chegou junto à mesa a Silvana, ex-mulher da vítima Walmir, que passou a conversar com sua tia, e perguntou quem era ele. A tia disse que ele era irmão do Cláudio. Foi quando, segundo o soldador, Sil­vana começou a falar que Cláudio foi o grande amor da vida dela e Walmir, que passava pelas proximidades ouviu a conversa e lhe desferiu um soco no rosto.

Foi formada uma confusão, tendo em seguida ele ido embora.

No entanto, depois de algum tempo, retornou a lanchonete pa­ra buscar a sua tia, quando Wal­mir que estava no seu carrinho de “churrasquinho” veio na direção da porta do passageiro do seu carro, Ford Fiesta. Alega que Walmir estava com os braços para o alto e que ficou assustado, pegou a faca que estava no console do veículo e desferiu um golpe, não sabendo informar onde acertou, tendo ido embora.  Sobre a faca, Elias contou que ela estava no carro desde o dia anterior, quando foi em uma pescaria.

O QUE AS TESTEMUNHAS DIZEM

Por outro lado, várias testemunhas, inclusive oculares, já prestaram depoimento na delegacia de polícia de Olímpia. Segundo o escrivão Adilson Galina, em resumo, elas afirmam que o soldador Elias, estava assediando a atual mulher de Walmir, a Silvana, tendo colocado a mão em seu ombro, depois passou a mão em seu cabelo e ainda, quando estava de pé, teria encostado em seu corpo. Foi quando Walmir teria chamado a atenção de Elias.

Segundo as testemunhas, Elias (que é mais alto e mais forte) teria desferido um tapa no rosto de Walmir. Com isso, os dois se atracaram, mas foram separados pelos presentes. Elias, segundo as testemunhas, fazendo gestos que estaria puxando um gatilho. Depois de cerca de cinco minutos ele re­tornou com o seu carro, um Fiesta, e fez sinal com a mão, chamando Walmir.

“NÃO VAI ME MATAR”

 De acordo com as testemunhas, o churrasqueiro Walmir, ergueu a camisa e afirmou “eu não estou armado, você não veio aqui para me matar?”.

Quando chegou próximo da porta do passageiro do carro, segundo as testemunhas, que Elias deferiu o golpe de faca no peito, lado esquerdo, de Walmir, que acabou falecendo. Elias fugiu.

Segundo laudo do IML-Ins­tituito Médico Legal, o golpe de faca não atingiu o coração, como chegou a se imaginar inicialmente. O golpe, na verdade, transfixou o pulmão, tendo o churrasqueiro, morrido em razão de hemorragia.

 

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