Quando o assunto é a falta de médico para atender pacientes que procuram a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) que, inclusive tem gerado muitas reclamações, parece que a secretária municipal de Saúde, Silvia Elizabeth Forti Storti e o novo diretor técnico (assumiu dia 9) José Carlos Ferraz não se entendem. Há divergências claras nas afirmações de ambos feitas na quinta-feira desta semana, dia 9.

Durante uma entrevista que con­cederam a uma emissora de rádio, enquanto a Silvia Forti nega que faltou médico para atender na unidade, o diretor técnico chegou a explicar inclusive até quais momentos e os motivos que levam à falta de um profissional para prestar o atendimento reclamado.

De acordo com Ferraz, ocorrem situações em que a UPA fica sem médico: “Às vezes sobrecarrega o trabalho dos profissionais na UPA, especialmente nos finais de semana e agora nesse mês com muito turista na cidade e às vezes chega uma urgência e o médico tem que acompanhar quando um paciente grave tem que ser transferido”.

“Então, às vezes atrasa o atendimento das pessoas que estão lá para serem atendidas porque o médico ou está atendendo uma emergência ou está em trânsito transportando esse paciente grave”, acrescentou.

OUTRA CONFIRMAÇÃO

Outro detalhe que demonstra a falta de profissionais médicos e até confirma que foram retirados funcionários da UPA foi a informação que divulgou quase ao final de sua participação. Segundo ele a UPA funciona com um médico clínico e um pediatra durante 24 horas: “Até agora pouco funcionava com mais um médico de apoio atendendo nos horários de pico das 4 horas da tarde até as 10 horas da noite, mas é vontade da secretária que a partir desses dias, agora, a UPA deverá funcionar com dois clínicos e um pediatra para ver se na hora que aconteça um problema de maior gravidade, enquanto um esteja atendendo o caso de maior gravidade o outro possa estar dando continuidade ao atendimento das demais pessoas”.

INFORMAÇÃO DIVERSA

Mas quando questionada a secretária afirmou: “Causam estranheza alguns comentários que a gente acaba tendo acesso nas redes sociais, de que não tinha médico na Unidade de Pronto Atendimento. Isso não é verdade. Isso nunca aconteceu”.

Ainda sobre o quadro de pessoal da UPA ela disse: “Nunca esteve em falta, sempre esteve completo. Funciona desde o primeiro dia com o quadro completo e nunca faltou médico na Unidade de Pronto Atendimento”.

Por outro lado, a secretária a­firma que a UPA realiza cerca de sete mil atendimentos por mês: “Nós tivemos um aumento. Nós recebemos um fluxo muito grande e aumentou muito o nosso turista no município e isso faz com a gente tenha um aumento no atendimento”.