01 de maio | 2016

Secretária de Saúde confirma o descontrole sobre a gripe suína

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Ao se manifestar a respeito da situação local em relação a gripe Influenza A, denominada cientificamente por H1N1, mas conhecida popularmente por gripe su­ína, de certa maneira, a secretária municipal de Saúde, Silvia Elizabeth Forti S­torti, acaba por confirmar que há um descontrole sobre o que está ocorrendo com essa doença em Olím­pia. Isso porque, do dia 23 de março para cá, segundo ela, o número de casos confirmados teria reduzido de três para dois.

Segundo a secretária afirmou na quinta-feira desta semana, dia 28, apenas do­is casos da gripe teriam sido confirmados neste ano. “A situação de Olímpia não é de surto ou epidemia. Nós tivemos os dois casos confirmados no município, mas nós não temos mais nenhum caso suspeito no momento, em relação a H1­N1”, informou durante entrevista que concedeu a uma emissora de rádio da cidade.

No entanto, em outra entrevista que concedeu à mes­ma emissora no dia 23 de março, o total era maior e, segundo ela, seriam três casos de gripe suína regis­trados por Olímpia.

“Foram três casos de H1­N1. Dois aqui no município e um que ficou na cidade de São José do Rio Preto”, contou na ocasião, quando questionada se o caso confirmado no dia 21 se tratava do segundo caso, sendo considerada a informação oficial de até então apenas um caso.

Esse desencontro de número acaba por confirmar a informação publicada na edição do sábado, dia 23, de que a Secretaria de Saúde não tem informações precisas sobre o que estaria ocorrendo realmente em relação à gripe suína.
De acordo com informação passada por uma médica da UPA (Unidade de Pronto Atendimento) para o professor Marcos Zalém Gomes, que após ter deixado a Unidade em atendimento acabou tendo que voltar no dia seguinte, no início do mês, e lá passar várias horas aguardando atendimento, para depois ser avisado que se quisesse confirmar se seu caso era de gripe suína teria que fazer exame em laboratório particular.

O jornal questionava na ocasião, com base nesta e em outras informações que chegam à redação, se a Saúde de Olímpia, teria um mínimo de noção do número de casos de gripe Influenza A, conhecida cientificamente por H1N1, mas também chamada popularmente por gripe suína, que foram registrados na cidade.

Nesta linha de pensamento, a confirmar informações de bastidores que chegaram até a redação deste jornal, a situação poderia ser tão grave que já poderiam ter ocorrido até mortes, em virtude da chamada gripe suína.

É que a médica que atendeu o professor teria afirmado para ele (e está postado em sua página do facebook), com todas as letras, que ele estava realmente com suspeita de ter contraído o vírus H1N1, mas que se quisesse realmente saber qual era sua situação teria que procurar a rede particular para fazer o exame correspondente.

A Saúde local, segundo o que teria afirmado a médica para o professor, não estaria fazendo o exame por simples suspeitas ou diagnósticos médicos.

Nos postos de atendimento e na UPA somente seriam feitos o atendimento clínico, com o paciente sendo medicado com analgésicos e o remédio Tamiflu que seria utilizado nestes casos e mandado de volta para casa. Somente nos casos de internação é que os exames seriam realizados.

POSTADO NO FACEBOOK

No dia 8 de abril, às 22h­35, o professor Marcos Za­lém Gomes postou o seguinte comentário em sua página: “Hoje foi minha vez de passar o dia na UPA.

Após horas de espera fui orientado pela médica que me atendeu que eu deveria procurar um laboratório particular caso eu quisesse realizar os exames e comprovar ou excluir as suspeitas de infecção pelo vírus h1n1. Segundo ela, todos os pacientes que apresentam os sintomas do quadro viral deveriam realizar o exame, mas não existe verba para isso, somente os casos mais graves e que estão internados na Santa Casa terão acesso aos exames através do SUS”.

CONTRAINFORMAÇÃO

Mas o prejuízo da contra­in­for­mação no sentido de esconder alguma situação que se­ja de risco à comunidade leva a situações além de preocupantes. No dia 7, em uma página de relacionamento do Facebook, surgiu um comentário de que na superlotada UPA havia uma criança de apenas quatro meses de idade com suspeita de ter contraído o vírus da gripe Influenza A, identificada cientificamente por H1N1, mas conhecida popularmente por gripe suína.

PUXANDO O FIO DA MEADA

Como se recorda, esta Folha da Região publicou também, em edição anterior, que a Secretaria Municipal de Saúde poderia estar escondendo casos positivos de Influ­enza A, que teriam sido registra­dos em Olímpia nos últimos meses.

Enquanto até então havia sido confirmado oficialmente apenas um caso cujo exame deu resultado positivo, já havia pelo menos outro caso que foi confirmado pelo diretor clínico da Santa Casa, Nilton Roberto Mar­tines.
Sobre a existência de um segundo caso confirmado o médico explicava que o que sabia era de um caso de u­ma criança ou uma mulher que (o resultado) era positivo e de um funcionário público municipal que também foi positivo.

O caso então confirmado oficialmente foi o de uma mulher, cuja idade não foi divulgada e que, segundo as informações já passava bem e sem risco de transmitir a doença para outra pessoa.

Mas, segundo comentários que circulavam na cidade e que chegaram até a redação do jornal, já haveria um terceiro caso confirmado que seria de um menino ou menina. No entanto, ao confirmar o terceiro caso a secretária não indicou como seria esse ou essa paciente.

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