01 de fevereiro | 2009

Saúde registra aumento de 26% nos casos de AIDS durante 2008

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 O Núcleo de Atendimento em Infectologia (NAI), da Secretária Municipal de Saúde de Olímpia, registrou um aumento de 26% nos casos de contaminação pelos vírus HIV, causador da AIDS – em português SIDA (Síndrome da Imuno Deficiência Adquirida). Pelo menos isto é o que se pode depreender do relatório enviado à esta Folha nesta semana, pela coordenadora do Programa DST/HIV/AIDS, Maria Aparecida Cristófolo Pessoa (foto).

O relatório com data da quinta-feira, dia 29, mostra que o total de pacientes que estão sendo acompanhados pelo programa passou de 81 pessoas em 2007, para 102 em 2008. Os dados mostram também um crescimento significativo no número de pessoas sintomáticas, ou seja, aquelas que já tiveram manifestação da síndrome e, portanto, já em tratamento mais agudo.

A evolução dos casos, a partir de 2005, foi mais significativo no período de 2008. No primeiro ano mostrado pelo relatório, 2005, eram 72 pessoas sendo acompanhadas. Em 2006 passou para 81, um crescimento de 12,5%. Esse total se manteve em 2007, aumentando apenas no ano passado, quando subiu para 102 casos.

Quadro
No entanto, o total de casos sintomáticos e assintomáticos, é mostrado apenas a partir de 2006, quando, segundo os dados informados, o programa atendia 37 casos de pacientes sintomáticos e 39 assintomáticos. Esse quadro perdurou até o fechamento dos dados de 2008, quando passou para 50 no primeiro caso, um aumento de 35% e, para 52 no segundo caso, um crescimento de 33%.
Outro dado que mostra uma transformação no quadro geral da doença em Olímpia, é que a doença tem avançado mais no caso do sexo masculino. Em 2005, eram 34 homens e 38 mulheres sendo acompanhadas pelo NAI de Olímpia.

Em 2006, quando houve um crescimento no total de casos de 12%, o quadro mostra que os nove casos novos registrados no ano foram do sexo masculino, passando para 43 homens e mantendo as 38 mulheres, que vinham sendo acompanhados.

E, se no período de 2007 não houve alteração nos números, quando se avalia as informações de 2008, embora sem que fosse informado os totais por sexo, acompanhando os quadros nacional e estadual da doença, pode-se afirmar que o total de homens aumentou um pouco mais que o de mulheres. Neste caso, a única informação que consta do relatório enviado por Pessoa, é que predominam os casos de sexo masculino.

Entretanto, uma situação não modificou no panorama da doença em Olímpia. De acordo com o relatório, a partir do ano de 2005, pelo menos, em relação ao grau de instrução das pessoas infectadas pelo vírus HIV, prevalece o primeiro grau incompleto, ou seja, de pessoas que não chegaram a cursar até a oitava série.

Já em relação ao posicionamento sócio-econômico, segundo a informação do NAI, são pessoas – pelo menos imagina-se a maioria – que têm renda familiar variando entre um e três salários mínimos. Já a faixa etária, que também permanece a mesma desde 2005, varia entre 30 e 39 anos, embora a preocupação atualmente chegue até as pessoas da terceira idade, em razão dos remédios que combatem a falta de potência sexual.

A forma de contaminação também continua sendo a relação sexual sem o uso de preservativos ou camisinhas. No entanto, o relatório não cita dados sobre serem pessoas homossexuais ou heterossexuais.

 

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