17 de janeiro | 2010

Saúde aponta o “norovírus” como causa de parte dos casos de virose

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Ao divulgar nota oficial à imprensa na manhã desta sexta-feira, dia 15, a Secretaria Municipal de Saúde apontou o ‘norovírus’, como responsável por pelo menos parte dos casos de virose regis­tra­dos em Olímpia desde o final do mês de dezembro. O vírus foi encontrado em parte dos exames encaminhados ao Instituto Adolfo Lutz, de São Paulo, cujos resultados chegaram no início da noite da quinta-feira, dia 14.

“Até agora, as amostras que chegaram, detectaram o noro­ví­rus, mas pode ser que receba algum outro resultado contendo algum outro vírus. Não posso fechar essa possibilidade”, comentou com exclusividade para a reportagem desta Folha, a secretária de Saúde, Silvia Elizabeth Forti Storti.

De acordo com a secretária, a­lém do norovírus, podem ter ocorrido alguns casos que tenham sido provocados por algum outro vírus ou bactéria ou mesmo por alguma bactéria. “Nós pedimos testes de vírus, bactéria e para-vírus. Então pode ser que eu tenha alguma outra coisa. Por isso utilizamos o termo provavelmente na nota”, acrescentou.

“A Secretaria da Saúde do Município de Olímpia, por seus órgãos técnicos competentes, em no­ta oficial, divulga que foi detectado que provavelmente os casos de doenças diarréicas no Município de Olímpia, são devidos ao vírus co­mum de ocorrência mundial NOROVÍRUS, segundo análises de amostras de pacientes, realizadas pelo Instituto Adolfo Lutz, vírus este, que já causou no ano passado problemas em algumas cidades, inclusive litorâneas”, diz o início da nota oficial divulgada.

O norovírus é encontrado nos excrementos (fezes) ou vômito de pessoas infectadas e, pode ser passado para alimentos, água ou superfícies pelo contato das mãos dessas pessoas, caso não as tenham lavado corretamente após usar o banheiro: “sendo que a clo­ração da água não é suficiente para eliminá-lo”.

A infecção das pessoas com o norovírus pode acontecer ao ingerir alimentos ou líquidos contaminados por alguém infectado, ingerir frutos do mar sem cozimento que tenham sido capturados em águas contaminadas ou ainda se a pessoa tocar em superfícies ou objetos contaminados e em seguida tocar na boca ou se alimentar sem antes lavar as mãos.

Cura espontânea

A nota esclarece, ainda, que trata-se de doença auto-limitada, ou seja, de cura geralmente espontânea, moderada e caracterizada por náusea, vômito, diarréia e dor abdominal, com ocorrência esporádica de dor de cabeça e febre baixa”.

“A dose infectante é desconhecida, mas presume-se ser baixa, sendo doença moderada e breve. Normalmente se desenvolve de 24 a 48 horas após contato com o vírus, com duração de 24 a 60 horas e na maioria dos casos não há necessidade de hospitalização e registros de complicações são mu­itos raros”, diz outro trecho da no­ta divulgada.

Também segundo a nota para prevenir esse vírus a pessoa deve lavar sempre as mãos antes de cuidar das crianças, principalmente após trocar fraldas e ir ao banheiro. Aliás, a nota recomenda que se lave as mãos antes e após a utilização do banheiro. Em crianças muito pequenas não se deve esquecer dos cuidados de esterilizar mamadeiras e chupetas.

É também importante lavar sempre as mãos antes de manipular qualquer tipo de alimento e aumentar a ingestão de líquidos, principalmente, água da rede pública ou mineral, fervidas por cinco minutos e mantidas em recipientes fechados e resfriadas. Não se deve entrar em contato com bico de bebedouros de água públicos.

Outro cuidado importante é evitar a ingestão de alimentos fritos, gordurosos, muito condimentados e de origem duvidosa e, dar preferência a alimentos leves, como frutas, verduras, legumes, sempre lavados ou cozidos de maneira adequada e devidamente conservados.  O gelo a ser consumido deve ser preparado com água devidamente fervida.

Os cuidados devem ser redobrados quando alguém da casa está com diarréia para que outras pessoas não se contaminem, dentre estes, a desinfecção dos sanitários deve ser feita no mínimo duas vezes ao dia com água sanitária.

Além disso, é importante consumir as verduras e legumes cozidos. As frutas devem ser se­le­cionadas e previamente lavadas com água fervida. Consumir fru­­tos do mar devidamente cozidos e manter alimentos protegidos de insetos e moscas. É também bem visto conservar os alimentos sempre sob refrigeração.

Entre os cuidados está lavar e desinfetar as caixas d´água a ca­­da seis meses e observar a ve­dação das tampas. As pessoas devem sem­pre ter o cuidado de manter todo o lixo tampado e em local isolado.

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