Considerando inclusive os valores que não foram pagos em dezembro que foram incluídos no ativo circulante, a Santa Casa de Olímpia fechou o ano de 2014 devendo aproximadamente R$ 3,7 milhões. Além disso, considerando o balanço relativo ao ano anterior, constata-se que a dívida da instituição no final do período foi aproximadamente 24% mais que o valor apurado no final de 2013, ou seja, quase R$ 3 milhões.

De acordo com o balanço publicado na Imprensa Oficial do Município (IOM), nas páginas 20, 21, 22 e 23 da edição que circulou no sábado, dia 14, somente a título de passivo circulante, o valor do débito é de R$ 1.102.961,49, que certamente foi quitado pelo menos em parte este ano, distribuído em: salários e encargos (R$ 337.101,37); fornecedores (R$ 255.052,74); empréstimos bancários (R$ 386.281,06); refis-tributário (R$ 23.459,64); refis-previ­den­ciário (R$ 7.149,36); e outras obrigações não especifi­cadas (R$ 93.917,32).

Já o passivo não circulante totaliza R$ 2.173.473,71, que deve estar parcelado e dentro do prazo contratado, está assim distribuído: empréstimos bancários (R$ 1.552.263,43); acordo sindical (R$ 299.248­,67); refiz tributário (R$ 230.­­741­,51); e refis-previ­denciário (R$ 91.220,­10).

Também no passivo, mas em outra conta separada, aparece o valor do patrimônio líquido de R$ 379.604,72, em cujas notas explicativas não aparecem justificativas ou mesmo menção a que se refere esse valor.

Segundo as notas explica­tivas que aparecem publi­ca­das na página 23, no caso do passivo circulante – salários e encargos: o valor de R$ 337.­101,37 representa valores a pagar referentes a salários, INSS, FGTS, IRRF e PIS sobre o valor da Folha de Pagamento referente ao mês base de dezembro de 2014.

DÉFICIT DO SUS

Empréstimos bancários: referem-se a recursos financeiros tomados junto à instituição financeira, destinados a cobertura de déficit decorrente da prestação de serviço ao sistema SUS realizado a preço inferior aos custos da Santa Casa.

O pagamento das prestações, segundo consta na nota explicativa, ocorrem mensalmente pelo valor de R$ 49 mil através de desconto diretamente do montante recebido do SUS e encontram-se divididos em passivo circulante e passivo não circulante.

Sobre o refiz, a explicação é que a instituição aderiu ao Programa de Recuperação Fiscal, parcelando os débitos em atraso recebidos de exercícios anteriores.

Já o acordo sindical é o mon­­tante de R$ 299.2­48­,67 que corres­ponde ao saldo de compromissos a pagar a funcionários, decorrente de acordo trabalhista firmado em 2007 entre o Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Saúde de Ribeirão Preto e Região e a diretoria que administrava a Santa Casa naquele ano.