14 de dezembro | 2014

Marco Coca virou Trio Sukita? ou… Paulo, em breve voltarás?

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Willian Zanolli

Como escrevo para milhares de leitores, que abundam pelo mundo de meu Deus afora, daqui até a Ásia Menor, onde um dia Alexandre o Grande viu pisar as patas de Bucéfalo, o seu cavalo e por ali estendeu seus territórios melhor explicitar algumas coisas, para que não sobre pedra como diz a grande Imperatriz e pitonisa dos Flintstones, Pedrita.

Se você não ouviu falar de Bucéfalo, e pensa que é nome feio, alerto que na verdade é o nome do cavalo de Alexandre Magno, rei da Macedônia e fundador de um dos maiores impérios da antiguidade.

Como temos tempo de sobra para o “aulismo” e pretendemos desagradar gregos e troianos não custa acrescentar que pegamos no wikipédia, que não é fonte confiável, que contam as histórias que quando jovem o garanhão Bucéfalo era indomável e não deixava nenhum cavaleiro montá-lo.

Alexandre notou então que o animal assustava-se com sua própria sombra, então posicionou o cavalo contra o sol e assim conseguiu montá-lo. A partir daí tornaram-se inseparáveis. Juntos foram à guerra, vencendo inúmeras batalhas.

Ai vai o detalhe mais importante da história, fiquem atentos, não durmam na aula por que vai cair na prova, garante o professor entrado em anos, Arantósteles, experiente de Grécia antiga e exigente de textos longos e rebarbativos nos seus prolegomenos e natalícios.

Voltemos ao banquinho e violão, melhor a aula. Sei, quer saber o que é prolegomeno né? Faltou na aula passada? No final eu falo.

Voltando ao texto, e demoramos tanto que Bucéfalo morreu, de morte bem morrida, novinho, mais bem viajado, a pata conheceu mais terras que muitos humanos conhecerão em vida.

No local de sua morte, Alexandre, o Grande, teria fundado a cidade de Bucéfala, onde hoje é o território do Paquistão.

 Atualmente, uma enorme estátua de 12,5 metros de altura do cavalo e seu cavaleiro encontra-se na praça central de Skopje, capital da Macedônia.

Contei a história, dei a localização, agora basta botar gasolina no possante, trocar pneus antes, fazer revisão geral, trocar o óleo do carro, do carro bem entendido, comprar um GPS e rumar para Bucéfala.

Eu leio pensamentos, o que não puder ir de carro pode muito bem pedir carona naqueles caminhões que transportam gado, a viagem é longa, mas compensa, em Bucéfala os cavalos são valorizados têm até estatua na praça.

Duro é fazer papel de burro onde ninguém valoriza a gente, no máximo dão uma comenda, um titulozinho mequetrefe, uma mençãozinha honrosa, um nome de rua na periferia, é melhor ser cavalo em Bucéfala que asno por aqui.

Fugi do tema, por que estava a explicar algumas coisas aos meus milhares de leitores que leem atentamente meus escritos daqui até a muralha da China e me empolguei. Voltando ao leito.

Sim, no inicio era a explicação, expliquemos então.

Teve uma eleição para escolher a Presidência da Câmara Municipal de Olímpia, cidade bem menos importante que Bucéfala, e também para a mesa diretora da mesma Câmara, eleição menos importante que o medo da sombra que tinha Bucéfalo, o Cavalo de Alexandre.

A Câmara local, pelo resultado que oferece aos cidadãos olimpienses, poderia ser exatamente configurada como a sombra que deveria assustar os cidadãos desta comarca se fossem os cidadãos verdadeiros da Grécia Antiga e moradores das cidades estados por onde pisou as patas do cavalo de Alexandre.

A Câmara da cidade de Olímpia, cujo nome remete ao Peloponeso do Oeste, no “Vale dos Deuses”, onde repousa o mais celebrado santuário da Grécia Antiga, e o lugar do nascimento do mais importante evento atlético de todos os tempos: os jogos Olímpicos.

Olímpia é um conhecido destino turístico na Grécia, e um dos nomes-marcas mais poderosas do Mundo.

A Guerra do Peloponeso, foi um conflito armado entre Atenas e Esparta sua história foi detalhadamente registrada por Tucídides e Xenofonte, culminou com a decadência do império Grego.

Perguntarão os senhores múltiplos leitores porque falo destas questões tão antigas, esquecidas e amareladas pelo tempo, será síndrome de erudição, será vontade de se aparecer, demonstração de conhecimentos literários, ou constatação de que depois do Google todo mundo sabe tudo de quase tudo?.

De tudo um pouco e acrescente um pouco a mais e bote fervura na coisa que dará o caldo necessário ao saboroso entendimento da coisa.

Olímpia, que não é da Grécia antiga teve eleição na Câmara, para a escolha de presidente e da mesa diretora, o nome especulado para a presidência como favorito por Eugênio José Zuliani e sua trupe era o de Marcos Coca, que na primeira vez que disputou a presidência da Câmara poderia ter ganho, mas não ganhou por que tinha empenhado sua palavra a Eugênio, que foi eleito com seu voto, amargou a primeira derrota.

Na segunda tentativa tinha o nome certo, só faltava os votos para ser o presidente da Câmara, não imaginava que o Chico fosse tão ruim, ou que estivesse de chico naquele dia, no frigir dos ovos, Chico Ruiz e a maioria conferiram a Marco Coca o bicampeonato da derrota na disputa pela presidência da Câmara.

Agora, confiante em Geninho, em quem votou quando ganhou o primeiro campeonato de derrotas, estava preparado para ser finalmente presidente, de beca, discurso, intenções presidenciais, empossado.

Porém, quem acredita em Papai Noel, duendes, fadas, gênios do bem e do mal, como diria minha maternal Onça Mary, em sua imensa sabedoria, quem com porco mexe farelo come, andou com morcego acaba dormindo de cabeça pra baixo, quem puxa aos seus não degenera, e não trabalha não menino, que você vai ver se alguém te sustenta e num baixa demais senão tu mostra o rabo, nhambú de fazer favor perdeu o rabo que tinha.

E falava tudo de uma vez só e ia multiplicando, e eu não entendia nada, como vocês podem não ter entendido agora, mas na hora do falso, do ladino como ela dizia, eu espreitava o perigo que nem onça na capoeira livre de árvores, matos e esconderijos de dentes caninos.

A velha onça era sábia, tinha razão, diga com quem tá andando e eu vou dizer se vai chegar lá, Marcão marcou, acreditou na visão do oásis bebeu areia.

Tenho dito, se comportou como a propaganda do Tio Sukita, a do refrigerante onde o tiozinho dava em cima da menininha, crente que estava abafando e ela só queria a Sukita e ele só pagava mico, e ela sempre tomava o refri dele, o Marcão na marcada dele já ganhou três derrotas é Tri …é o trio Sukita da Câmara.

Salata, que antes não morria de amores por um monte de gente com quem hoje troca elogios que não reproduzem com exatidão o que ele falava daquelas pessoas no passado, puxou o tapete do Marcão, o que é natural no vereador que coleciona histórias malufistas neste gênero, e nesta empreitada contou, segundo Coca, com a colaboração de Eugênio, que antes era seu rival político, a política remenda relações, só não restabelece comportamentos.

Não vou falar aqui de Guto Zanete, me nego a falar de papel tão abaixo da critica, pelo menos por ora, todos entenderam bem sua postura, quem não entendeu que não mude para Bucéfala, não será um bom Bucefalense.

Restou, Paulo Polizello, suplente de vereador, nada tenho contra este moço, muito pelo contrário, acho que ele talvez possa ter alguma diferença em relação a minha postura, o que respeito, e por falar em respeito, que desrespeito cometeram com esta figura.

Não se pode dizer que seja um vereador expressivo, cuja passagem pela Câmara tenha sido brilhante, no entanto, nada há que pese em sua biografia no tocante ao que geralmente pesa na maioria dos detentores de cargo público, era fiel ao seu grupo, base de um governo medíocre.

E foi, na minha opinião, tratado com a mediocridade que seu grupo trata aqueles que pode submeter, o episódio que vivenciou foi de uma significação enorme de uma  demonstração de insignificância que nunca vi antes.

O que impuseram a ele enquanto figura pública, notadamente pela demonstração de solidariedade que ele demonstrava ao grupo na defesa intransigente dos interesses deste governo não merecia, se bem que a gente faz por merecer certas coisas, ninguém colhe o que não planta.

Já Marcos Coca, embora tri campeão em derrotas, há que se elogiar sua postura, não cedeu, mesmo sabendo que iria ser levado a derrota, que todo Napoleão tem seu dia de Waterloo, manteve seu nome, deixou claro o oportunismo e as conveniências de Salata e a falta de solidariedade de um Eugênio articulado, carreirista para quem o centro do universo é ele e só ele, o resto, mesmo os que ainda não perceberam que são restos, é resto.

Mais, não há Bucéfalos que não virem estátuas, Alexandres que não virem pó, Grécias que as batalhas do Peloponeso não levem a decadência e textos longos como este que não termine. Como se aproxima, se mostra breve, o dia em que terminarão as histórias de glória e traição de Eugênio.

Willian A. Zanolli é artista plástico, jornalista, estudante de Direito, pode ser ouvido de terças e sextas-feiras das 11h30 às 13h00 na Rádio Cidade FM 98.7 no programa Cidade em Destaque e lido através do blog www.willianzanol li.blogspot.com.

Estava esquecendo das aulinhas… A finalidade do prolegômeno não é chegar à conclusão de um assunto, mas determinar quais são os pressupostos básicos que vão determinar a conclusão de um estudo.

 

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