Na opinião do comerciante Alessandro Danilo de Andrade (foto), proprietário de restaurante que atende no Clube de Campos Álvaro Brito (CCAB), a rigidez da chamada "lei seca" deveria valer somente para vias de alta velocidade, como, por exemplo, nas rodovias. Nas regiões urbanas, entende que deveria haver uma elasticidade no limite mínimo de álcool ingerido.

"Na cidade acho que poderia ser até um pouco mais. Ou seja, ao invés de uma latinha, poderiam ser umas duas, porque geralmente uma pessoa com duas latinhas guia normal até", justificou. Por isso reforça: "Em rodovias bem transitáveis até acho justa, mas na cidade não me cabe falar, depende da lei mesmo".

A rigidez da lei, estima Danilo, pegará a todos porque as pessoas que vão ao restaurante muitas vezes compram uma latinha de cerveja no posto antes de chegar: "Poderia ter uma brecha maior para quem anda na cidade e não tão rígida assim", reclama.

No entanto, ainda não percebeu diferença em seus clientes. Contudo, estima que o consumo deverá cair quando a fiscalização contar com o equipamento necessário para medir a dosagem alcoólica: "Quando chegar esse bafômetro acredito que vá influenciar um pouco".

Por enquanto ainda não pensa numa forma de beneficiar o cliente que pretende ir ao restaurante e beber um pouco mais. Ele pensa em colocar uma pessoa para transportá-lo: "levar em casa na hora que quiser ir ou mesmo buscá-lo em casa".

Embora haja divisão de opiniões entre seus clientes, segundo ele há clientes que falam bem e os que falam mal. Não chega afirmar que tenha escutado reclamações por causa da lei: "ficam dúvidas", finaliza.