21 de janeiro | 2024

Relatos indicam possível surto de dengue em Olímpia

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CRISE DE SAÚDE EM OLÍMPIA?
Relatos sugerem provável surto não reconhecido oficialmente de dengue no município. Pronto-atendimento de convênio estava cheio de pessoas com dengue ou com suspeita.

 

Pelos relatos de ouvintes da rádio Cidade obtidos durante os últimos dias, Olímpia pode estar enfrentando atualmente um desafio de saúde pública: um possível surto de dengue. Moradores da Cohab II relatam um aumento alarmante no número de casos, levantando preocupações sobre a eficácia das medidas de prevenção e controle da doença adotadas pelas autoridades locais.

Uma fonte anônima, preocupada com possíveis represálias em seu ambiente de trabalho e familiar, compartilhou informações detalhadas sobre a situação. Residindo no Jardim Luiz Zucca, também conhecido como Cohab II, a fonte revelou que tanto seus pais foram diagnosticados com dengue, enfrentando um quadro severo da doença, quanto ela própria aguarda exame para confirmar suspeita de infecção.

VÁRIAS FAMÍLIAS NO
PRONTO-ATENDIMENTO COM SUSPEITA DE DENGUE

Durante uma visita a um Pronto Atendimento de Convênio, ela encontrou várias famílias do bairro e de outras regiões da cidade, todas lidando com casos de dengue.

“Na sala de medicação encontrei diversas famílias, todas afetadas pela dengue. Isso não é um caso isolado, está espalhado por diferentes bairros”, contou a fonte.

A situação na Cohab II é particularmente preocupante. “Na minha rua, que tem entre 14 e 15 casas, há seis casos confirmados de dengue”, relatou a fonte. Ela expressou preocupação com as condições ambientais que favorecem a proliferação do mosquito Aedes Aegypti, como casas fechadas e terrenos baldios.

NEBULIZAÇÃO ESTÁ SENDO NEGLIGENCIADA

A fonte criticou severamente as ações do governo local no combate à dengue. Segundo ela, medidas preventivas importantes, como a nebulização regular foram suspensas, o que indica uma potencial negligência em relação à saúde pública. “A nebulização, que sempre foi recorrente, agora é negligenciada”, afirmou ela.

Os pais da fonte, ambos idosos, enfrentam sintomas graves da dengue em casa, incluindo baixa contagem de plaquetas, febre e dores no corpo. Essa situação é semelhante em outras famílias afetadas no bairro.

FALTA TRANSPARÊNCIA NA COMUNICAÇÃO

A falta de políticas preventivas e de transparência na comunicação de dados sobre a doença foi fortemente criticada. “O que está sendo feito? A Secretaria da Saúde local parece estar omitindo informações”, questionou a moradora.

Ela planeja reportar as preocupações diretamente às autoridades, incluindo a prefeitura e a Secretaria da Saúde. “Vou reportar o caso da minha mãe à prefeitura e questionar sobre as medidas que estão sendo adotadas”, declarou a fonte.

E QUEM NÃO TEM REDE DE APOIO?

Além da preocupação com a família, a fonte expressou uma inquietação maior com a comunidade. “Preocupo-me com meus pais, mas também penso no coletivo. E as pessoas que não têm essa rede de apoio, que não têm condições?”, questionou.

Esse comentário reflete uma preocupação mais ampla com as implicações do surto de dengue para a cidade como um todo, especialmente para aqueles sem acesso a recursos de saúde adequados.

O possível surto de dengue e a falta de medidas preventivas eficazes colocam em risco a saúde da população. Os relatos dos moradores de Cohab II enfatizam a urgência de estratégias efetivas para combater a doença e proteger toda a comunidade.

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