Embora a situação tenha sempre sido negada pela secretária municipal de Saúde, Silvia Eliza­beth Forti Storti, pelo menos aparentemente as roupas sujas ou mesmo já lavadas que seriam utilizadas na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Olímpia, ainda estariam sendo transportadas em ambulâncias do Município, mesmo quando estão transportando pacientes.

Entretanto, segundo a reclamação pelo radialista Cleber Luis postada no facebook, na internet, inclusive com filme mostrando a situação, desta feita, o transporte teria sido realizado entre a Santa Casa local e não de uma empresa especializada localizada no município de Bady Bassit, demonstrando que as mesmas estariam sendo lavadas no hospital local.

A essa conclusão se pode chegar após a postagem na Internet feita pelo radialista no sentido de fazer um alerta sobre o problema e até mesmo da necessidade de que a situação seja evitada para não causar problemas de infecções.

“ALERTA! Ontem passei mal, e precisei ser levado pra UPA em uma ambulância. Não contava que o veículo viria me buscar carregado de roupas de cama da Unidade, que, segundo levantei, estavam sendo transportadas da lavanderia da Santa Casa”, postou o radialista Cleber Luis.

Segundo consta na mesma postagem, “No ano passado recebi uma denúncia de um teles­pecta­dor da cidade (ele trabalha também em uma emissora de televisão de São José do Rio Preto), que tratava de assunto semelhante”.

E acrescentou: “Ele (teles­pecta­dor) também fez imagens de uma Van da prefeitura carregada de sacos, que, segundo ele, continham roupas sujas da UPA”.

“Isso é grave, levando em conta o risco de contaminação. Nesse caso de ontem mesmo: suponhamos que as roupas estivessem limpas. O paciente que entrou na ambulância poderia estar contaminado, e assim infectar as roupas, que estavam limpas, mas iriam ser portadoras de vírus aos pacientes que, fragilizados, as utilizassem no hospital”, reforçou na postagem.

PORTARIA DA ANVISA

Cleber Luis constou informações retiradas de uma Portaria publicada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária, no começo de 2012: “Entre as determinações publicadas pela Anvisa no Diário Oficial da União estão as regras para o transporte interno e externo de roupas de serviços de saúde, que deverá ser realizado, respectivamente, em carrinho e veículo exclusivo para essa atividade.

De acordo com a resolução, o veículo utilizado no transporte externo deve ter sua área de carga isolada da área do motorista e de outros ocupantes. E o transporte externo concomitante de roupa limpa e suja pode ocorrer se a área de carga do veículo for fisicamente dividida em ambientes distintos, com acessos independentes e devidamente identificados. É algo sério, que precisa ser apurado, e, tal prática, banida”.

OUTRO LADO

A secretaria da Saúde há muito tempo não fornece informações para esta Folha. Mais uma vez foi tentada a obtenção de uma resposta para o assunto na tarde de ontem, mas a reportagem não obteve êxito.