16 de fevereiro | 2013

Provedor da Santa Casa diz que Hospital do Olho foi feito nas coxas

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O provedor da Santa Casa de Olímpia, Mário Francisco Mon­tini, disse à imprensa nesta semana que o projeto do Hospital do Olho (HO) Eunice Carvalho Diniz, construído anexo ao hospital, foi feito nas coxas.

A afirmação foi feita quando explicava a atual situação, que teve os atendimentos paralisados pelo menos em meados de dezembro de 2012. O HO foi construído entre 2009 e 2010 e inaugurado no dia 12 de dezembro de 2010.

Montini nega o fechamento do HO e diz que atualmente os atendimentos estão apenas paralisados temporariamente, aguardando um novo projeto que dê lucro para a Santa Casa.

Além do mais, pelo que falou, pode antever que o provedor fala em um reajustamento do funcionamento com a finalidade de obtenção de lucros. “Temos que fazer outro projeto. Este foi feito nas coxas, não dá lucro”, criticou.

A crítica aparece como uma forma de cobrança, não se sabe de quem, se diretamente do prefeito Eugênio José Zuliani ou se da secretária municipal de Saúde, Silvia Elizabeth Forti Storti, inclusive do que entende haver falta de planejamento. “Tem que ter planejamento, reforçou.

De acordo com ele, a Santa Casa não vai trabalhar com prejuízo. Por isso, embora afirme que o HO não fechou, explica que foi feita uma suspensão dos atendimentos, que promete voltarão em aproximadamente quatro meses.

Segundo ele, o HO estava há aproximadamente dois meses sem atividade e por isso houve a suspensão. “Vamos elaborar um projeto de utilização para que o hospital não seja subutilizado”,  afirmou.

ENTENDA O CASO
Como se sabe, a situação de fechamento do hospital foi tornada pública na semana passada pelo médico Guilherme Kill Júnior, com a alegação da falta dos recursos financeiros necessários para cobrir os custos operacionais.

Embora tenha negado qualquer ligação, aparentemente a situação teria se complicado a partir da inauguração da Unidade de Pronto Atendimento (UPA), a partir de quando foi encerrado o convênio para a Prefeitura Municipal de Olímpia subsidiar o hospital.

Na oportunidade Kill reclamou dos atrasos para receber os pagamentos previstos no contrato que tinha com a Santa Casa, o que o forçou a propor a paralisação ao provedor, que resolveu aceitar.

Kill ainda explicou que, em razão do baixo faturamento do HO, em todos os meses, ele tinha de colocar dinheiro próprio para cumprir os compromissos firmados com os fornecedores.

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