20 de março | 2022

Legislativo de Zé Kokão parece estar caindo de podre

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“Três vereadores pediram vistas para se esclarecerem melhor sob
os pontos a serem modificados o que causou burburinho e
comentários acerca da forma ditatorial como se
pretendia enfiar goela abaixo as mudanças”.

 

Do Conselho Editorial

Nestes tempos de ódio, preconceitos, ditadores e ditaduras impondo posições retrógradas que jogam o mundo no século dezoito, os vereadores locais, em sua maioria, adotaram o princípio da submissão na missão que lhes foi conferida de representar a população.

Se olhar pelo prisma da realidade, a sensação que deve ficar aos que pensam política e socialmente a cidade é a de que o despreparo e a irresponsabilidade de alguns dos atuais legisladores os tornam reféns do Poder Executivo.

Seria como se vissem, ao invés de representantes do povo, representantes de si mesmo e funcionários do alcaide que cumprem ordens por mais absurdas que possam ser.

Para a população pensante e preocupada com os destinos da cidade é como se a representação legislativa estivesse acéfala ou recebendo benefícios inconfessáveis do poder público.

O fato da esposa do presidente estar em cargo em comissão que pode configurar nepotismo reforça a ideia deque pode haver mais coisas nos céus que simples aviões de carreira.

Neste caso, mesmo que haja legalidade na ação, a mesma é imoral e mostra um deboche e um cinismo, no caso com a coisa pública, que chega a ser chocante.

A esposa do presidente da Câmara, lotada em um cargo comissionado, na saúde pública, onde é vista por centenas de pessoas todos os dias, em suspeição de nepotismo, equivale a dizer que por aqui tudo pode.

E quando se chega neste fundo de poço, por mais carregadas de boas intenções e princípios, as ações irão suscitar suspeitas na população.

Como bem lembrou Julio César: “A mulher de César não basta ser honesta, deve parecer honesta”.

Agora se a mulher do Kokão faz “Kaka” (no sentido de coisa discutível), ou do ponto de vista legal, ou do ponto de vista moral, a luz do dia, sem nenhum pudor ou constrangimento,possivelmente outros políticos que não ocupam cargo do destaque do presidente devem se sentir no direito de também fazer.

E é isto que deve pensar grande parcela da população.

Se o exemplo de cima não é bom, acaba soando natural o povo pensar que pode haver algo de podre no reino de Zé Kokão, mesmo não estando na Dinamarca.

E neste soar natural, mesmo que não haja nada de ilegal na conduta de alguns, convencer a população de que as intenções são as melhores e visam o progresso da cidade sem levar nada em troca fica difícil, senão impossível.

O incidente envolvendo mudanças na lei orgânica retirando o direito da população se manifestar através de referendo no caso da privatização do Daemo, já demonstrou um atrelamento vergonhoso a vontade do prefeito e um afastamento da população.

Agora, na calada da noite, bem a moda autoritária, foi pautada matéria modificativa de pontos da lei orgânica e do regimento interno não permitindo aos vereadores que pretendem exercer a função para a qual foram eleitos, tempo para se inteirar da matéria.

Três vereadores pediram vistas para se esclarecerem melhor sob os pontos a serem modificados o que causou burburinho e comentários acerca da forma ditatorial como se pretendia enfiar goela abaixo as mudanças.

E assim vai se gerando mais suspeitas sobre alguns dos atuais atores do Circo da Aurora que só fazem dizer amém a tudo que é imposto de cima pra baixo.

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