06 de julho | 2008

Professora quer debate de “cara limpa” na campanha

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 A professora Marta Custódio (foto) deu o tom que o cidadão comum espera da política local. Deixando claro seu degrado e até desencanto com a campanha que está apenas começando, ela afirma que quer um debate de "cara limpa" (sic) para que a população possa ter acesso a plataformas de governo e não a denúncias anônimas apenas para denegrir a imagem de adversários.

"O debate político tem que ser de cara limpa e diante da população para que ela tenha acesso. A minha opinião é que isso é covardia, porque ele não permite que as pessoas se manifestem e também não parte para o debate do que essa cidade realmente está precisando. A gente espera que o debate político seja limpo e que a população realmente tenha consciência da importância do seu voto", comentou.

Marta Custódio parte do pressuposto que todo direito de manifestação parte do princípio de democracia, exatamente o contrário da situação gerada que não dá direito de defesa às pessoas citadas no panfleto.

"O panfleto mostra que ainda em Olímpia existe uma mentalidade do período dos coronéis, quando tentavam denegrir a imagem de uma pessoa para fazer com que as pessoas mudassem o seu voto através dessa forma de manifestação, o que infelizmente não é verdade. As pessoas que foram citadas têm que ter o direito de provar realmente se o que o que está descrito no texto é uma verdade", asseverou.

Dizendo que vê a questão até com certa tristeza, diz que esperava dentro da própria história da cidade "que teve grandes políticos, que houvesse nas próximas eleições, uma forma democrática de debate".

O tipo de panfleto distribuído, segundo a professora, acaba com a forma democrática de debate. "Então, isso acaba fazendo com que os maus políticos continuem governando e aqueles que têm interesse em entrar na política acabem se afastando dessa possibilidade", reforçou.

Para ela é importante que a Justiça Eleitoral esclareça a autoria do panfleto, porque as pessoas que foram citadas têm que ter o direito de provar as suas inocências. "A coisa anônima – acrescenta – não permite às pessoas que foram citadas de se defenderem".

Mas a professora não desistiria da campanha se fosse envolvida numa situação idêntica. Ela afirma que quem tem que provar alguma coisa é quem faz a denúncia. "Não desistiria de forma alguma, porque as pessoas têm o direito de concorrer a cargos públicos", justifica.

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