21 de dezembro | 2014

Prefeitura deve aproximadamente 72 mil árvores para meio ambiente

Compartilhe:

A Prefeitura Municipal de Olímpia deve aproximadamente 72 mil árvores ao meio ambiente local. A informação é da assessora de Meio Ambiente do Município de Olímpia, Ana Lúcia Lopes Volff. De a­cordo com ela, esse passivo ambiental é resultado de pelo menos quatro Termos de A­jus­tamento de Conduta (T­A­C), firmados com a Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (CETESB), órgão vinculado à Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo.

Mas cumprir essa obrigação não está sendo fácil para a Prefeitura, inclusive em razão da falta de espaço. “Temos em torno de 72 mil mudas para plantar e não temos área suficiente para isso. Fizemos parceria com proprietários rurais para cumprir essas exigências”, afirmou.

A assessora informa que esses acordos não representam uma devastação de árvores no município e que, além da administração do prefeito Eugênio José Zuliani, o quadro remonta até 20 anos de erra­di­cações e da falta de plantio nesse período.

“Não quero dizer que cortou muito. É que cada empreendimento gera necessidade de plantio. Uma árvore nativa erradicada tem que plantar 25 (mudas) no mínimo. Mas isso não é de agora, mas de 20 anos atrás. Está virando uma bola de neve que queremos eliminar”, justifica.

A CETESB, de acordo com a assessora, está cobrando o cumprimento de termos de conduta assinados. “Temos que zerar. Estamos fazendo levantamento de áreas para ver onde elas serão plantadas. Não dá para dizer quantas árvores foram erradicadas porque vária conforme a árvore. Até hoje (a decisão do plantio) foi adiada com base em recursos, mas a CETESB chamou e exigiu um TAC”, informou.

ALTO CUSTO
Além disso, ela lamenta o custo e até a falta de espaço para realizar o plantio dessa quantidade de mudas. Além da própria aquisição – o viveiro municipal não tem capacidade de produzir essa quantidade, segundo ela o custo engloba também o tratamento que se faz necessário pelo período de dois anos, inclusive com a aplicação de adubos.

“O maior problema é porque não é simplesmente plantar. Tem, dois anos de manutenção, que é onde fica caro o plantio. Tem um custo muito caro por causa desses dois anos. Não sei quanto custa, mas não é barato porque tem que fazer controle de formiga, braquiária, por adubo”, explica.

MAIOR CARÊNCIA
O centro da cidade é o local mais carente de árvores. “Falta consciência do cidadão”, enfatiza. Ana Lúcia Lopes Vol­f­f diz que não tem árvores na quantidade necessária por causa dos comerciantes e lojistas, principalmente.

“Não tem árvore n centro porque vai atrapalhar a fachada da loja deles. E não podemos autorizar cortar uma árvore porque está atrapalhando a fachada deles. Eles deviam ter consciência de que aquela árvore vai trazer sombra para a loja. A vitrine vai estar sombreada”, defende a ambientalista.

 
Compartilhe:

Comentários

Os comentários não representam a opinião do iFolha; a responsabilidade é do autor da mensagem.

Você deve se logar no site para enviar um comentário. Clique aqui e faça o login!

Ainda não tem nenhum comentário para esse post. Seja o primeiro a comentar!

Mais lidas