EVOLUINDO NA SAÚDE!
Recursos podem advir do processo de concessão do Daemo que foi iniciado esta semana. Futuro hospital com até 100 leitos, três andares, seria construído atrás da Santa Casa. Ou, se houver algum impedimento, em área da Prefeitura, mas projeto será iniciado nesta gestão.

POR LEONARDO CONCON — A Estância Turística de Olímpia poderá ter um hospital maior do que o único existente atualmente, que é a Santa Casa de Misericórdia. “O grande projeto que poderei iniciar nos dois anos restantes de minha gestão não é construir um novo Pronto-Socorro e sim um ‘grande hospital’, bem maior do que o atual”, revelou na terça-feira, o prefeito Fernando Cunha, ao fazer o balanço de fim de 2022.

Porém, uma obra grande como essa, assim como outras que pretende iniciar, não deverá ser concluída em sua gestão, mas a deixará em andamento.

“O nosso projeto é um segundo hospital, que não concorra com a Santa Casa, mas que seja maior do que ela, que hoje deve ter 80 leitos. A nossa ideia é uma instituição com 90 a 100 leitos, e contando com especialidades que, até então, não temos na rede pública”, disse o prefeito de Olímpia.

PODE SER CONSTRUÍDO
NOS FUNDOS DA SANTA CASA

Esse futuro hospital, que poderá ser construído nos fundos da Santa Casa, em terreno que o prefeito diz estar negociando a melhor forma de adquiri-lo, deverá ter, no mínimo, três andares, 30 leitos por andar, e dois andares de atendimento – recepção, laboratórios e serviços de Saúde, além de ampliar o leque de especialidades que até então são deficientes em Olímpia.

“Seria uma continuidade da Santa Casa, porém independente, não queremos concorrer, e estamos estudando a melhor forma disso não ocorrer, exceto em último caso, se a área nos fundos da Santa Casa, ao lado do Abrigo São José, não der certo. Já tivemos três hospitais na cidade, hoje temos apenas um. Rio Preto tem duas Santas Casas, tudo decorre de demanda e hoje precisamos muito dessa ampliação de serviços de Saúde à população”, explica o prefeito.

SE HOUVER IMPEDIMENTO,
OUTRA ÁREA PODE SER ADQUIRIDA

A área está sendo estudada para a melhor forma de negociação “uma vez que ela deverá vir para a Prefeitura. Fizemos uma proposta, poderemos comprar e pagar, e outra forma seria uma permuta de serviços em troca de uma outra área, provavelmente de 20 mil a 30 mil metros quadrados, que seria até maior do que a Santa Casa, em outro ponto da cidade, na verdade do outro lado da cidade, para uma nova futura Santa Casa que eles poderão construir, como Rio Preto, em troca de uma área de 6 mil a 7 mil metros quadrados onde a Santa Casa está atualmente”, detalhou Fernando. 

Essa questão da “concorrência” com a Santa Casa preocupa, mas a necessidade de um novo hospital, mais amplo e com especialidades e serviços aperfeiçoados, é maior.

PREFEITO ESTUDA MELHOR FORMA
PARA NÃO CONCORRER
COM A PRÓPRIA SANTA CASA

Porém, o prefeito estuda com a Santa Casa a melhor forma de evitar que a população vá para o novo hospital, maior e mais moderno, e possa gerar uma crise, até uma “quebra” da Santa Casa: “Eles tem um regramento, um regulamento, a permuta manteria o patrimônio intacto da Santa Casa. É um risco fazer em outro lugar, o correto é ser complementar à Santa Casa, por isso que construir nos fundos seria o melhor caminho, mas se tiver algum problema, aí seria vida nova, né? São outros tempos, se puder fazer lá, vira um mega hospital, iríamos para 150 a 200 leitos, unindo Santa Casa e esse futuro hospital”.

RECURSOS COM A CONCESSÃO

Inicialmente, o prefeito Fernando Cunha espera que, com o início das consultas públicas em torno da concessão da autarquia Daemo Ambiental, essa concessão (que não é terceirização e nem privatização, mas sim, como o termo diz, concede o serviço, sob a autoridade da prefeitura, inclusive nas metas e controle de tarifas), os recursos na ordem de R$ 30 a R$ 35 milhões, advindos desse processo, sejam suficientes para construir esse hospital maior do que o existente.

“É o melhor caminho para  Olímpia. A gente soluciona diversas questões ao mesmo tempo. A Prefeitura ganha também para a construção do novo hospital. Se eu não fizer, outro prefeito fará. É inevitável. Já demonstrei para a comunidade que tenho uma administração honesta e correta, o dinheiro não será desviado e sim aplicado em prol da sociedade como um todo”, conclui.