A venda do prédio da Rua 9 de Julho, região central da cidade, onde está a sede da Prefeitura Municipal de Olímpia, é uma das saídas apontadas pelo prefeito Eugênio José Zuliani para a construção de um novo edifício na região do Jardim Centenário, localizado no antigo Campo de Aviação.

De acordo com o que ele declarou a uma emissora de rádio local nessa semana, para que a venda se concretize, basta apenas que falte dinheiro para a conclusão do centro administrativo que pretende construir, avaliado em R$ 8 milhões.

O assunto veio à tona em função de um questionamento sobre a quantidade de imóveis alugados pelo município para abrigar vários setores da administração, incluindo secretarias, atualmente recheados de cargos comissionados, ou seja, aqueles de livre nomeação e exoneração do prefeito.

Essa, segundo Zuliani, é a opção ao invés de usar os dois prédios que o município já possui – o da Rua 9 de Julho e o da Praça Rui Barbosa, este totalmente reformado e dotado de elevador para a instalação exclusiva de assessores mais próximos do gabinete.

“A Prefeitura tem poucos prédios. Aqui, no antigo prédio do DAEMO funciona o gabinete do prefeito, a Secretaria de Governo, o Escritório de Captação de Recursos, o Jurídico, a chefia de gabinete e o setor de Imprensa”, alega Zuliani.

Segundo ele, a Secretaria de Educação está no prédio do antigo Clube Literário e Recreativo que pertencia a uma sociedade de centenas de pessoas e ficou para a Prefeitura. A Secretaria da Saúde está num prédio que pertence à Santa Casa. “Tinha um (contrato de) comodato que venceu em setembro do ano passado (2012) e estamos negociando, mas o prédio está velho. Vamos levar a Vigilância Sanitária e o Controle de Endemias para o Tropical II”, revelou o prefeito. “O prédio da 9 de Julho (além de lotado) precisa ser inteiramente reformado. Está muito centralizado”, acrescenta em tom de reclamação.

Também de acordo com o prefeito, o projeto do novo prédio no Jardim Centenário é para acabar com todos os prédios que estão alugados. “A Prefeitura gasta cerca de R$ 400 mil com aluguéis por ano, a maior parte com o Judiciário. São salas no shopping para o Anexo Fiscal, enfim, 10 ou 12 convênios com o Judiciário que consomem um dinheiro alto. Também temos o Tiro de Guerra, o Alistamento Militar e o Ministério do Exercito”, diz.

Mas o prefeito alega que tem pouco dinheiro para executar a obra do prédio novo. “Temos um pouco de dinheiro da venda dos lotes do Centenário, verba liberada pelo Ministério da Saúde e se precisar para terminar a obra podemos vender esse prédio que vale de R$ 2 milhões a R$ 3 milhões”, explica.

“E assim saímos do centro da cidade. Se for necessário daqui a um ano, dois anos, vamos tomar essa decisão. Cogita-se sim a possibilidade (da venda). Caso falte dinheiro para concluir não vou ficar preso a detalhes. O cidadão vai e resolve todos os problemas dele num prédio só. Hoje é o que há de mais moderno: centralizar”, finalizou.