23 de dezembro | 2020

Prefeito destaca que foi difícil conciliar pandemia e eleições

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ENQUETE SOBRE 2020!
Fernando Cunha destacou que ninguém imaginava
que iria viver um ano como esse. Para Cunha
Dória agiu com responsabilidade, mas
o presidente deveria ter liderado as
ações de combate ao novo coronavírus.

O prefeito Fernando Cunha, em entrevista sobre como foi o Ano de 2020, destacou a atipicidade pro­vocada pela pandemia e seu enfren­ta­mento e que foi difícil conciliar a situação com as eleições onde se reelegeu para mais quatro anos.

A Folha da Região entrevistou várias pessoas de Olímpia com a intenção de saber como foi o ano de 2020 para os setores que representam e co­mo deverá ser 2021. A primeira parte, ou o que disseram sobre o ano que se finda, vai ser publicada nesta edição e as perspectivas para 2021 será editada na edição do dia 30 de janeiro.

O primeiro a ser ouvido foi o prefeito Fernando Cunha, para quem 2020 foi um ano que ninguém imaginava viver, que é a crise da pandemia da Covid. “Nunca imaginamos, em tempos atuais, com tantos recursos, viver o que nós vivemos, algo que mostrou a fragilidade da atual civilização, que, por mais recursos que tenha, técnicos e financeiros, não supera as forças da natureza”, declarou.

E continuou: “Essa pan­demia teve reflexos na saúde e na economia e impa­ctou a qualidade de vida. Tivemos perdas, um número de óbitos inesperado, com muitas privações, muito sofrimento e muita gente adoecendo. Na economia, os mecanismos de distanciamento social, que forçaram o fechamento de atividades, como o nunca imaginado fechamento do Thermas por sete meses, assim como o período em que o comércio não essencial ficou fechado, que os serviços ficaram fechados, que os salões de beleza, as academias, os bares, os restaurantes, então essa foi a grande marca de 2020 que nunca será esquecida e que marcou a nossa cidade e marcou o mundo inteiro”.

ENFRENTAMENTO DA PANDEMIA E ELEIÇÕES

Como o prefeito, Cunha destacou duas grandes questões como principais em 2020. “Uma foi conduzir o enfrentamento da pandemia, desafio que ainda continua e a outra foi, em meio à crise do novo coronavírus, participar do processo eleitoral, desde as convenções até as eleições.

Como pontos negativos e positivos, o prefeito explicou, que diante da pan­demia não tem como fazer um julgamento positivo, puro e simples. “Nada que a gente faça vai nos satisfazer, não dá para se aceitar como um resultado positivo. É um resultado amar­go, mas nós fizemos o melhor possível e acho que a população entendeu”, disse.

E complementou: “Tivemos também momentos com crises mais graves, que tivemos até que buscar o judiciário por causa da penalização exagerada em alguns momentos e até injusta, como quando queriam o segundo fechamento dos parques. Mas também tivemos ganhos com o Estado, quando melhoramos a estrutura de saúde, conseguindo respiradores, mais profissionais de saúde, contamos com essa dedicação e trabalho deles também em conquistas na Santa Casa para poder enfrentar a Covid”.

GOVERNADOR FOI RESPONSÁVEL E PRESIDENTE TINHA QUE TER LIDERADO O COMBATE AO CORONA

Outro ponto positivo para o prefeito foi, em me­io a tudo isso, ser reelei­to com o percentual que alcançou, pois mostra que foi bem avaliado e renova a responsabilidade de fazer mais do que já fez.

Sobre o desempenho dos governos Estadual e Federal, Cunha entende que o governador foi responsável e consequente, mas que exagerou no modelo (Plano São Paulo) que considera autoritário. “Entendo que poderia ter ouvido um pouco mais o interior e os municípios”.

Já quanto ao Presidente da República entende que errou feio. Tinha que ter assumido a gravidade da pandemia, as milhares de vidas que estavam em jogo, e ter coordenado. “Poderia ter sido o maior do enfrentamento da Co­vid e se negou a assumir esse papel. Ele forneceu os recursos financeiros e a gente tem que agradecer, que são esses auxílios emergenciais e os recursos para os municípios e para os Estados, mas ele como líder não assumiu o papel com a estatura que um Presidente da República precisa ter para coordenar e liderar esse processo da pandemia no nosso país”.

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