Quando perguntado se acredita que um sistema eletrônico, como, por exemplo, uma lombada eletrônica dotada com radar seria uma maneira de solucionar pelo menos parte do problema da alta velocidade que alguns motoristas desenvolvem nas ruas da cidade, o prefeito Eugênio José Zuliani, além de afirmar que acredita, deu a entender que o estudo para a implantação já está sendo encaminhado pelo presidente da empresa Prodem (Progresso e Desenvolvimento Municipal), engenheiro Amaury Hernandes, que é o responsável pelo setor de trânsito.

“Eu acredito que sim”, afirmou o prefeito. “Acredito que o Amaury, nosso diretor da Prodem, que tem feito um estudo muito minucioso sobre a questão do trânsito, deve estar pronto para responder esse planejamento, que deve entregar até ao final do mês, para ver os pontos críticos onde nós devemos fazer lombadas”, contou.

Mas ao mesmo tempo também ressalvou que vai impor condições para que o sistema de radares entre em funcionamento, principalmente com uma sinalização específica alertando aos motoristas de que eles se aproximam do equipamento.

“Eu não tenho nenhuma restrição em colocar algum redutor de velocidade do tipo radar, desde que tenha sinalização adequada: daqui a 100 metros radar, daqui a 50 metros radar, bem sinalizado para que quase todo mundo saiba que se passar naquele ponto acima de tantos quilômetros por hora vai ser multado”, explicou.

BAIXAR O TOM ARRECADADOR

Entretanto, Zuliani tenta tirar o tom arrecadador que sempre aparece quando o assunto é a implantação de radares: “Nós não podemos utilizar uma multa para fazer parte do orçamento municipal. Você não pode contar com o dinheiro dessa multa como órgão arrecadador, mas sim como órgão educativo”.

Para ele o sistema tem que principalmente ser utilizado como uma forma educativa, sempre no sentido de investir na melhoria do trânsito: “Você vai penalizar. Infelizmente a gente aprende na vida só pagando (no caso a multa). Infelizmente é assim”.

“O que eu sou contra é colocar o famoso ‘pardalzinho’ escondido, agora sou a favor daquele radar identificando que funciona como uma lombada, mas que seja eletrônica, todos sabem que tem que passar a 30, 40, 50 quilômetros por hora, aquilo que a engenharia de tráfego definir”, acrescentou.

De acordo com o prefeito o problema atinge também os distritos de Baguaçu e Ribeiro dos Santos: “A gente recebe muitas reclamações de que no final de semana existem alguns playboyzinhos que ligam o carro, racham de carro”.

Sobre outra maneira de controlar a velocidade ele diz: “Isso não tem jeito. O efetivo policial de Olímpia é muito pequeno pela necessidade, não é suficiente para coibir, sem contar que temos um grande número de turistas no final de semana”.