Contornos da política municipal, mais parecendo uma disputa eleitoral partidária, acabaram mar­­cando a eleição para a nova diretoria da União dos Estudantes Universitários de O­lím­pia (UE­UO), realizada na noite da terça-feira, dia 8, na sede da entidade, com aproximadamente três horas de duração.

Pelo menos isso é o que se po­de depreender das notícias e comentários verificados nas duas emissoras de rádio AM, da cidade de Olímpia, principalmente, a partir da segunda-feira, dia 7. Se em uma a defesa da chapa encabe­çada pelo atual presidente do PT de Olímpia, José Ro­berto de Lima, na outra o mesmo acontecia em relação ao can­didato, Marcos Antônio dos Santos, ex-presidente do Psol.

Com uma das chapas concorrentes impugnadas pela comissão de eleição, a disputa foi vencida pela considerada chapa de situação, encabeçada pelo contador José Ricardo de Lima, que recebeu 52 votos dos 86 estudantes universitários que assinaram a lista de votação. A entidade tem, atualmente, cerca de 460 cadastrados com direito a voto, segundo foi divulgado.

Consta que a chapa encabe­ça­da por Marcos Antônio dos Santos foi impugnada porque um de seus componentes não teria se cadastrado na entidade em tempo hábil – o prazo venceu no dia 27 de novembro – e, nem mesmo seria bolsista, ou seja, não estaria na relação dos alunos que recebem subvenção da prefeitura, já que nesse caso a data do cadastro não teria importância.

Por outro lado, desconfiando que as cédulas já estavam prontas porque não constava nome da chapa União e Transparência, Santos chegou a afirmar que enxergava manipulação para que não disputasse a eleição, fazendo menção a uma possível participação direta do presidente da câmara, Hilário Juliano Ruiz de Oliveira, e que pensava até em uma medida judicial para garantir seus direitos.

“Com certeza. Quem estava presidindo a eleição era apenas o Fernandinho, que é o assessor do senhor Hilário Ruiz, na câmara municipal. Ele é o atual diretor de esportes, inclusive ele fala no no­me da UEUO, ele fala no nome da instituição, ele se manifesta publicamente em nome da instituição, ele conduz todo o processo eleitoral. Então eu não sei o que há por trás, mas eu sei que alguma coisa muito séria”, reclamou.