21 de julho | 2009

Polícia investiga se ‘racha’ de motos matou auxiliar de 21 anos

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De acordo com o delegado João Brocanello Neto, um inquérito policial vai investigar se a morte do auxiliar geral Warlley de Souza Gabriel, de 21 anos, que reside na avenida Manoel Cunha, 409, Jardim Santa Fé, zona leste da cidade de Olímpia, mas que atualmente estava morando na Estância Boa Vista, perto do local do acidente, foi causada em suposto ‘racha’ entre dois motociclistas. A vítima foi atingida por uma das motos, no início da noite do sábado, dia 18, por volta das 18h50, enquanto caminhava no acostamento da rodovia de acesso Wilquem Manoel Neves, altura do quilômetro 3.

A morte prematura do jovem, enterrado na tarde de domingo, além de virar o assunto principal na cidade, revoltou os familiares. “Não sei como expressar a dor que sinto e o que tenho vontade de fazer” desabafa mãe de Warlley, Lídia de Souza Gabriel.

No acidente, os motociclistas sofreram queda e diversos ferimentos pelo corpo. Os dois foram medicados na Santa Casa de Olímpia e já receberam alta. Entretanto, vão responder ao processo em liberdade. A ocorrência foi registrada como homicídio culposo, isto é, quando não há intenção de matar.

Porém, o delegado João Brocanello Neto afirma que o caso pode ter outro desfecho dependendo do resultado da apuração. “O inquérito policial vai mostrar o que realmente aconteceu e quem é o responsável”, avisa.

O limite de velocidade na rodovia é de 60 quilômetros por hora e, aparentemente as motocicletas deviam estar andando a 100 quilômetros por hora, segundo estimativa de Brocanello. Embora inicialmente a informação era de que uma das motos era de 400 cilindradas e outra de 150, depois já se informava que na verdade seriam de 150 e 200 cilindradas. O delegado determinou uma perícia para verificar a potência verdadeira de ambas.

Wilson Antônio dos Santos, cunhado da vítima, afirma que Warlley, dois sobrinhos e outra pessoa caminhavam no acostamento quando aconteceu o acidente. “Ele veio na minha casa pegar dinheiro emprestado para comprar fraldas para o filho, que é deficiente visual”, disse. Já a testemunha R.I.C.C., de 14 anos de idade, que estava com a vítima, declarou no boletim de ocorrência que “as motos eram conduzidas em alta velocidade” e que “até parecia que tiravam racha. As motos saíram da pista e trafegavam pelo acostamento”.

Conforme o boletim, Warlley foi atingido pelo veículo que seguia na frente. A motocicleta ficou caída na pista e causou a queda da segunda moto. A vítima chegou a ser socorrida, mas não resistiu. A Polícia Civil não tem certeza sobre qual motociclista atingiu o rapaz, que era casado.

As motos eram conduzidas pelo eletricista Cássio Henrique Borges Ferreira, de 20 anos de idade, e o carpinteiro Willian Branco Matheus, de 19 anos. Cássio nega que estivessem praticando racha. Ele afirma que no momento seguia com um amigo para o rancho de seu pai, na cidade de Guaraci. “Foi tudo muito rápido. Só vi na hora que o Willian atingiu o rapaz. Bati na moto dele e caí. Não tinha o que fazer”, explica. Ele quebrou a clavícula e sofreu hematomas nas pernas, costas e braços.

Cássio alega também, as motos não eram pilotadas em alta velocidade. “Não estávamos rápido. Acredito que o rapaz atravessava a rodovia”, acrescenta. Por outro lado, Emerson Garcia, que é tio de Willian, justifica que o sobrinho está impossibilitado de falar sobre o caso, porque sofreu ferimento na boca e passaria por cirurgia.

De acordo com a Polícia, o eletricista Cássio Henrique Borges Pereira, de 20 anos de idade, que reside na rua Américo Bonzan, 185, Jardim Álvaro Brito, zona noroeste da cidade de Olímpia, conduzia a motocicleta de 200 cilindradas, ano 1981, vermelha, de placa CNT 3785, da cidade de Campinas. Já o carpinteiro, Willian Branco Mateus, de 19 anos, que reside na avenida dos Constitucionalistas de 32, número 395, Jardim Santa Efigênia, conduzia a Honda CG 150, Titan, ano 2004, preta, placa BKN 4934.

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